Record e Globo e a guerra no horário nobre
Como de praxe, nas acusações ambas as emissoras se valem de informações, documentos, ações e opiniões que já estão desgastados em todos os seus aspectos. Ambas também têm alguma razão em seus pontos de vista. No caso das acusações da Record, como explicar o terreno milionário em São Paulo que é publico, teve um leilão cancelado e é apresentado pela Rede Globo como sendo de propriedade particular da emissora? Ainda sobre as acusações da Record, como explicar as fotos que “vazaram” para a emissora carioca no caso do suposto Dossiê Petista contra o PSDB e o próprio processo que indicia Edir? De que forma foram parar tais documentos na emissora platinada? E a Record que alega que a IURD é apenas uma cliente, mas a defende como se fosse a própria emissora? Outra coisa: Será que alguém em sã consciência tem alguma dúvida sobre o vídeo em que Edir Macedo “ensina” os bispos a conseguir dinheiro nos cultos?
O fato é que as duas emissoras estão brincando com um bem que é público, no caso a concessão de transmissão. Apresentam um pseudo-jornalismo, que acaba por reduzir a credibilidade dos seus profissionais e do próprio telejornalismo, para defender seus respectivos umbigos.
Últimos capítulos: O processo contra Edir Macedo, agora, de fato, corre sob segredo de justiça e a Rede Record acaba de adquirir o direito oficial sobre o documentário “Muito além do cidadão Kane”, a famosa produção que corre internet a fora e que se baseia, principalmente, em opiniões, entre elas a do presidente Lula, contra a TV Globo. O vídeo foi produzido pela extinta “Large Doorde” para o canal britânico Chanel 4 e nada tem a ver com BBC como, aliás, insiste a própria Record.
Não que seja resultado direto dessa guerra, mas há dados de que em meio a tanques e trincheiras a Record perdeu audiência e a IURD ganhou mais fies.
Autor: Marcel Scinocca
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