A ESCOLA CONTEMPORÂNEA DA INFORMATIZAÇÃO



OBS: Este artigo é inspirado na critica de um colunista norte americano que fez seu mestrado na USP e ainda assim, mesmo nunca tendo entrado nas salas de aulas das periférias de São Paulo e muito menos nas escola do Nordeste, resolveu fazer criticas aos professores do Brasil...


Alguns pensadores (alguns de outras nações) destacaram o Brasil como um país de bons professores, profissionais que dominam a área do conhecimento que atuam como especialista, mas na prática de ensino, deixam falhas. Bom, não vamos discutir com dados de várias pesquisas que resultaram em mestrados e doutorados, feitas em universidades de alto nível como USP, UNICAMP, entre tantos outros. Mas, queremos discutir com profissionais que enfrentam problemas verdadeiros, na sala de aula, onde muitos dizem que é o deposito de “Sujeiras” do Estado, sobre tudo não somente no Estado Federal, mas no Estado de São Paulo.
As discussões criam divergências intelectuais porem não se divergem (...) são as dificuldades que o profissional da educação básica enfrenta. Violência, descaso do Estado com aluno e com o professor. Ainda temos a LDB, que é bem escrita, diz ser representação da vanguarda do educadores, tem beleza e bom discurso, mas foi feita a custa de descaso e na pratica não funciona, não estando alinhada também com outra anomalia dos valores humanos e sócias o Estatuo da Criança e do Adolescente (que analisa os conflitos sociais de acordo com casos e não com a totalidade do problema), ou seja, enquanto a LDB discursa no campo da mediação e interação, demandando para uma educação passível de conflitos, a outra não contempla a formação dos limites, regras, desconsiderando os conflitos sociais urbanos e formação do "Ser", ou pelo menos defendendo a criança e o adolescente, permitindo que o conflito criado pelo jovem seja visto de forma amena, ensinando com falta de “Rédea”, prevista na lei da ECA, enfim são coisas que gringos não vêem.
Por outro lado o profissional da educação esta sofrendo muito com um fenômeno contemporâneo, ou seja, um fenômeno atual e que surgiu sem aviso, dificultando ainda mais os problemas na educação como já destacamos. Este fenômeno é a informatização, que não se trata só da globalização, já que este é outro fenômeno, mas muito antigo (destaca-se desde o séc. XIV, com o possível ressurgimento do comercio e outros, em suas respectivas épocas, como as cruzadas e as grandes navegações). A informatização é um processo recente que surgiu como mecanismo de atuação social, usado na reorganização espacial da sociedade, principalmente por causa e conseqüência do neoliberalismo (Um modelo de gestão que o Estado diminui a sua atuação na sociedade e passa a regular o mercado, alem de privatizar suas estatais. Pelo menos este é o neoliberalismo que o Brasil conhece) e toyotismo (um modelo de produção e logística).

O educador, apaixonado pela sua ciência, como deveria ser, não consegue disputar com o PS2, o celular 3G, enfim a interatividade só é possível por meios tecnológicos. E é nesse sentido que como o professor apaixonado pela sua disciplina, Geografia, História, entre outras deve atuar, aliando-se aos métodos (Caminhos) sugeridos por uma geração tecnocrática. É muito difícil o profissional que insiste em descrever a era Getulista, quando o aluno está empenhado em descobrir e conquistar as barreiras do novo mundo do trabalho, esta geração deve saber viver em um mundo toyotista, que a CLT é flexível. Que tal o educador deixar de ser o “Passador de Lição” e trabalhar com mais dinamismo, mostre para seu aluno que existe uma ligação, dinâmica, dialética e subjetiva também, entre a era Getulista, a CLT, o populismo e a ditadura e com as reformas elitizadas que tivemos do passado recente de Getulio Vargas, com o marco Neoliberal do Governo do FHC.
A palavra chave para a conquista da educação e: DESCOBERTA
Os alunos estão descobrindo um novo mundo, diferente das antigas baladas do sábado a noite dos anos 1980, entre outros, eles são diferentes, e é a geração do professor que possui o equilíbrio da experiência e é o mediador do conhecimento, mas também o mediador do tempo.
Autor: Marcio de Castro Domeneguetti


Artigos Relacionados


MediaÇÃo De Conflitos Professor Aluno: Uma Perspectiva Da PsicanÁlise

Para Ser Um Professor De Verdade

Profissionais Da Educação São Taxados De Incapazes

Matutando Sobre O Ofício De Ensinar

Torcendo Contra Os Educadores, Por QuÊ?

A Educação Em São Paulo; Dizer Que O Professor é Culpado, Virou Argumento Fundamentalista

Relação Professor-aluno, Ato Educacional Dialético