O DEUS QUE EU CONHEÇO



O DEUS QUE EU CONHEÇO

Gosto sempre de pensar em Deus não como muitos tem tentado defini-lo como uma força, uma energia, um ente cósmico, uma vibração etérea, um elemento amalgamador das galáxias, um ser distante, aloexistente...

Os panteístas simplificam o teorema dizendo que Deus está em tudo e em todos. Dizem que Deus vive no mineral, sente no vegetal e se expressa no humano. Puxa, senhores panteístas como vocês reduziram Deus a algo tão pequeno, tão factível, tão passageiro.

Os deistas dizem que Deus criou o universo e o homem, mas depois deixou tudo entregue ao acaso, tornou-se totalmente Outro, um ser completamente transcendente, longe, inatingível. Afirmam que não existe qualquer revelação, ou milagre, ou encarnação, ou manifestação sobrenatural, ou providência, ou controle de Deus em relação ao homem e ao universo. O deísmo chega ao cúmulo de afirmar que Deus não possui atributos morais nem intelectuais, sendo até duvidoso que tenha tido qualquer participação na criação do universo.

Os teistas simplificaram tudo, passaram a ver Deus como um soberano Senhor transcendente mas também imanente, mas se esqueceram da personalidade e pessoalidade de Deus. Deixaram o homem um tanto quanto divorciado do seu Deus.

Os existencialistas simplesmente disseram: Ele deve existir, como nós existimos, mas cada um em seu lugar. Deus se preocupa com as coisas dele que eu me preocupo com as minhas. Eu não mexo com ele e ele não mexe comigo.

Os politeístas dividiram o universo em inumeráveis campos de existência e colocaram em cada um desses campos uma entidade ou divindade e, no meio de tantas, colocaram o Deus judaico-cristão.

A teodicéia procura justificar a bondade divina, contra os argumentos tirados da existência do mal no mundo, refutando as doutrinas atéias ou dualistas que se apóiam nesses argumentos. Distingue-se da teologia que estuda Deus à luz dos dados da revelação. Esbarram, porém, em inumeráveis problemas. O maior deles é pensar que a existência do mal no mundo tem uma fonte alheia a Deus, autoexistente.

Como o homem, com razão se sente incapaz de definir Deus, e em seu estado de inteligência, não tem podido dizer muito sobre ele senão em sentido antropomórfico diz que Deus é o “mysterium tremendum”. Dentro da limitação de nosso entendimento, só o que podemos dizer é que ele é perfeito, onipotente, onisciente, originador e regente do universo, espírito perfeitíssimo, incognoscível e imponderável pela simples razão humana. Nossos conceitos ficam muito aquém de uma verdadeira descrição de Deus. Nossa análise racional fracassa, embora não seja totalmente inútil.

Jesus o que mais conheceu Deus, definiu-o como a fonte de toda a vida humana e como benfeitor de todos, tal como um pai humano deseja o bem de todos os seus filhos. Jesus expandiu grandemente o conceito judaico de Deus, porquanto apresentou um Deus universal e não local, pessoal e não totalmente transcendente. Este conceito é básico para os princípios éti­cos de Jesus e forma um contraste definido e violento para com o judaísmo comum. Por muitas vezes Jesus empregou o termo “vosso pai”.

O hilozoísmo que considera a vida como propriedade inseparável da matéria e atribui à matéria quali­dades espirituais. Diz que o mundo tem uma alma que dá for­mas, movimentos e vida às coisas. É uma teoria antiteísta, porque nega a personalidade e a eternidade de Deus.

Existe um grupo que pensa conhecer tudo sobre Deus e a criação É o idealismo. O termo vem do grego “ideein”, e de “eiedos”, “visão”, “contemplação”. De acordo com seu uso po­pular, o termo indica um conjunto de padrões daquilo que é mais desejável, com esforços necessários para atingir um al­vo. Na filosofia o termo é bastante amplo, podendo ser bem definido somente no tocante a certos tipos bem específicos de idealismo. As duas divisões principais do idealismo são: ide­alismo metafísico e idealismo epistemológico. Idealismo metafísico é a suposição de que a idéia ou substância não materi­al é real, em contraste com as entidades materiais. O que é material é ilusório, sendo projeção da idéia, e não a essên­cia mesma da realidade. O idealismo metafísico recebe, às vezes, o nome de “pampsiquismo”. Leibniz, no séc.xviii, foi o primeiro filósofo a usar o termo idealismo. Idealismo epistemológico é a idéia que nada podemos conhecer, exceto as i­déias. O mundo físico só poderia ser concebido em relação à mente e dependente dela. Assim, segundo o pensamento dos ide­alistas epistemológicos, se Deus deixasse de pensar, todas as coisas deixariam de existir.

Mas, como ia dizendo no começo, gosto sempre de pensar em Deus como meu Pai, como alguém perto de mim, como uma pessoa, íntimo, amigo, presente, existente de verdade, meu confidente, aquele que me ouve e que me atende, mesmo quando estou com culpa no cartório do céu.

Essa História de força, de energia, de vibração, essa História de transformar Deus em objeto de nossas especulações é tudo angustiante para minha alma. Quanto mais leio a Bíblia, mais vou sentindo que ele está perto, que ele está convivendo comigo. É assim que vejo meu Deus e é assim que quero continuar a vê-lo todos os meus dias.
Autor: Paulo de Aragão Lins


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