UM DESAFIO AO ETERNO



UM DESAFIO AO ETERNO

“Está o Senhor no meio de nós, ou não?” (Êxodo 17:7).

A Bíblia está pejada de perguntas irreverentes, feitas por pessoas sem temor.

Não ponderam os pensamento e sentimentos, antes de abrirem a boca com palavras cheias de fel.

E o que é mais pungente: dirigidas para o próprio Deus.

Esquecem-se de esperar, de confiar, de depender.

Lançam ao espaço suas ousadas elucubrações.

É a criatura desafiando o Criador.

O transitório, o factível, o animal e passageiro, desafiando a onisciência formidável do Onipotente.

Aquela pergunta de Israel foi o suficiente para trazer-lhe derrotas, frustrações e mortes.

Eis em que consiste a blasfêmia contra o Espírito Santo…

Desafiar o estabelecido, duvidar do que já foi realizado, ver a verdade patente diante dos olhos e ainda assim, conscientemente, afirmar o contrário.

Eles tentaram ao Senhor.

Desafiaram a Rocha de sua salvação.

Transformaram um lugar abençoado em um sítio de horrendas definições.

A partir daquele tempo deixou de chamar-se “Refidim”, que significa “Planícies”, passando a chamar-se “Massa” e “Meribá”, que significam “Tentação” e “Contenda”.

A verdadeira fé tem que se basear em autêntica e incondicional confiança.

Só se confia plenamente naquele a quem se ama.

Israel dizia amar a Deus, mas suas atitudes e palavras demonstravam exatamente o contrário.

Encaravam-no como alguém terrível, pavoroso enigmático.

Foram incapazes de discernir a gama de amor puro e perfeito que promanava de sua imensa misericórdia.

Não enxergavam Nele o pai amável, cândido e meigo, o companheiro gentil e sublime, sempre pronto a atendê-los em suas mínimas necessidades.

Foi Ele quem atacou uma nação, com o intuito de libertá-los.

Foi Ele quem abriu o mar, para livrá-los da perseguição.

Foi Ele quem retirou a água da rocha, para dessedentá-los.

Foi Ele quem enviou uma nuvem protetora, para minorar a ardência do sol sobre eles.

Foi Ele quem conservou suas roupas e sapatos intactos durante quarenta anos de jornada.

Além do mais, deu-lhes o maná constante e o privilégio de Sua bendita presença.

Depois de todas estas evidências de um amor verdadeiro e confiável, ainda foi possível o surgimento de um comentário descaridoso e rude como este.

“Está o Senhor no meio de nós?”

Os que fizeram tal comentário poderiam, por acaso, queixar-se, mais tarde, dos terríveis juízos que lhes acometeram?

Poderiam chamar Deus de injusto, indiferente ou impiedoso?

Não! Mil vezes, não!

Tiveram muito menos do que mereceram, pois o Deus que é rico em misericórdia perdoa-lhes quando se arrependiam e o buscavam.

É claro que Deus estava no meio deles.

É evidente que Ele permanece entre nós, orientando e abençoando todos aqueles que o buscam e o obedecem.
Autor: Paulo de Aragão Lins


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