Comodismo profissional: Esperando a morte chegar



Há pessoas que dizem: - Quando me aposentar, não vou fazer mais nada ! Se levarmos esta afirmação a sério, chegaremos a conclusão que o próximo compromisso deste indivíduo é "vestir o paletó de madeira". Mas será que alguém conseguiria não assumir compromissos, após alcançar o merecido descanso profissional?
Não é difícil encontrar, em qualquer departamento de qualquer empresa, profissionais que digam: - O que eu faço está bom, até onde cheguei está bom e "dá pra viver assim".
Se juntarmos este pensamento comodista ao primeiro, encontraremos uma pessoa que decretou sua "morte" com décadas de antecedência. Passará o resto dos dias assistindo a vida passar na frente dos olhos. Muitos transferem a iniciativa, motivação e pró-atividade para a vida pessoal, na forma de bens materiais: carro, casa, casa de praia, etc. Porém, não se dão conta de que, apesar de tudo isto, já morreram profissionalmente.
O comodismo é maior em cidades pequenas, a fidelidade é menor em centros maiores, principalmente para funções básicas. Em pequenas cidades existem ainda os "pactos invisíveis", onde uma empresa não costuma contratar profissionais de outra, mesmo que este esteja descontente e com desejo de mudança.
A mudança significa para o acomodado riscos e incertezas que estão fora de sua capacidade de aceitação. Na maioria das vezes isto está diretamente ligado à cultura regional. Existem funções que necessitam de oxigenação periódica e por isso é fácil encontrar empresas que mudam alguns profissionais a cada três ou cinco anos.
Este raciocínio não significa dizer que permanecer 10, 20 ou 30 anos em uma mesma empresa seja erro, muito pelo contrário. O erro está no comportamento profissional acomodado. Quem está sempre buscando aprimoramento, conhecimento e tentando crescer acaba muitas vezes passando por diversos departamentos e cargos hierárquicos numa mesma organização. Muitas vezes quando o profissional busca este crescimento não encontra campo na empresa onde trabalha. Neste momento chegou ao fim o período de troca: O que tinha para aprender e ensinar. Isto mostra que mudar de empresa também é salutar, pois não se interrompe o processo de desenvolvimento de aptidões, postergando assim a espera pela hora de partir.
Autor: .Marco Antonio Murara


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