A GEOGRAFIA DE DEUS
Terminara de gravar um programa de televisão, na cidade de João Pessoa, Paraíba, quando a apresentadora me falou:
- Pastor, o senhor está convidado para um culto de aniversário na casa de uma irmã.
Estava acompanhado do meu filho, o pastor André. Tomamos o carro e dirigimo-nos àquela casa.
Quando ali chegamos, o culto já havia começado. Um pastor estava pregando uma mensagem muito ungida sobre o encontro de Simeão com Jesus, no templo, quando seus pais foram apresentá-lo. Era o abençoado pastor Américo que estava pregando.
Jamais esquecei o tema principal de seu sermão:
“Se você tem uma promessa de Deus sobre sua vida, você não morrerá enquanto ela não for cumprida”.
Na tarde daquele dia conversei muito com um pastor que fora missionário em Portugal. Fiquei tremendamente impressionado com seu relato.
No fundo do coração desejei ir um dia a Portugal para conhecer as igrejas de lá e compartilhar com aqueles irmãos as gloriosas experiências do Evangelho.
Sendo minha bisavó portuguesa, este desejo sempre existiu em meu coração. Estranhamente, porém, jamais o compartilhei com alguém.
Nesse tempo tivera, já, a oportunidade de ir aos Estados Unidos, mas a Europa parecia-me algo distante demais, praticamente inatingível.
Quando chegamos à casa da irmã, procuramos ser o mais discretos possíveis, para não interromper a abençoada mensagem.
Sentamo-nos em três cadeiras atrás do pastor que pregava. Ele nem percebeu nossa chegada. Isto foi bom.
De repente, porém, algo inusitado, diferente, tremendo, aconteceu: o pastor virou-se para trás e, com o dedo em riste, apontado para mim, bradou:
- Tu vais a Portugal! E grandes serão as bênçãos lá!
Ele falou isto praticamente sem interromper a pregação e, em seguida, virou-se novamente para o grande número de irmãos ali presentes e continuou a pregação até o fim, como se nada tivesse acontecido.
Depois do culto alguém me falou que aquele pastor tinha o dom de maravilhas e que aquela profecia sem dúvida se cumpriria.
De uma idéia bem sucedida que nos ocorreu no dia seguinte, conseguimos levantar, praticamente do nada e em tempo recorde, uma quantia considerável e, dentro de vinte e três dias, estávamos a bordo de um MD-11 da VASP, em demanda da Europa.
Quando o potente jato levantou vôo, caí em um pranto convulsivo que até assustou meu filho, o pastor André que estava ao meu lado.
Chorava de alegria e de contentamento em ver cumprida a palavra de Deus.
Naquela viagem visitamos nove países, alguns deles, como a França e a Inglaterra, várias vezes, porém foi em Portugal onde Deus abriu portas abençoadas para testemunharmos, profetizarmos e ganharmos vidas preciosas para o Evangelho. Grandes foram as bênçãos em Portugal, principalmente porque ganhamos almas ali, o que é difícil naquele país. O Senhor nos usou na restauração de vidas e lares e até do ministério de um abençoado irmão cigano da igreja dos ciganos.
Em uma igreja no Algarve, conversando com um pastor brasileiro que nos acolheu e nos cedeu o púlpito, falei:
- Amado, o Senhor me mostrou que sua igreja está dividida. Prepare o coração para um “racha”. Setenta por cento da igreja vai começar uma nova obra. O senhor vai ficar com apenas trinta por cento dos membros em sua igreja.
Dias depois, já no Brasil, recebi um telefonema do pai dele, dizendo que a igreja havia se dividido e, quando foram somar o número dos membros que ficaram, a revelação estava matematicamente correta: trinta por cento exatos dos membros haviam permanecido.
Menos de um ano depois viajamos novamente, juntos, para Portugal, Espanha, Alemanha e Suíça e o pastor André foi convidado, dois anos depois para trabalhar com uma igreja em Coimbra, Portugal, e ele para ali se dirigiu com sua esposa Glauca e minha netinha, Brenda.
Autor: Paulo de Aragão Lins
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