LIDERANÇA NAS EMPRESAS INTERNACIONAIS E GLOBALIZADAS – tema de monografia para tcc



Estudando esse tema, De Vries e Mead (1992) apresentam um arcabouço que abrange três esferas de influência no desenvolvimento do líder ou gerente internacional.

Na esfera do desenvolvimento infantil, os autores colocam fatores de adaptabilidade (desenvolvimento da ambição, realização e autoconfiança, diversidade cultural na família, experiência internacional precoce, bilingüismo, adaptabilidade) e fatores de liderança (autoconfiança, responsabilidade, curiosidade, imaginação, capacidade decisória, visão, habilidade de comunicação, valores centrais, expectativas e objetivos de fazer carreira).

Na espra profissional, devem ser desenvolvidas durante a fase de treinamento e educação as habilidades analíticas, profissionais, o estudo em outras culturas, em ambiente internacional e o estudo de línguas. Na fase de desenvolvimento administrativo, a pessoas deve ter responsabilidades desde cedo, encarregar-se de tarefas variadas, ter experiência internacional precoce e internalizar os valores da cultura corporativa. Quanto às relações familiares, o cônjuge deve ser adaptável e apoiativo, os filhos devem mostrar facilidade para mudar-se e a família ter interesses variados.

Na espera organizacional, os arranjos estruturais devem ser geocêntricos, isto é, deve existir uma rede complexa de interdependências entre a sede da empresa e as subsidiárias; a estrutura deve ser rasa, heterárquica e multicultural. Além disso, as práticas de administração de pessoas devem contemplar o planejamento e acompanhamento de carreiras, o gerenciamento de repatriados, critérios de seleção, planejamento da sucessão e comunicações. O desenvolvimento de gerentes internacionais é a resultante da confluência dos fatores existentes nas três esferas. Os autores concluem que, além da predisposição para tornar-se um líder internacional e de expor-se às influências das três esferas citadas, a evolução do líder global em um estágio mais avançado é justamente determinada por tornar-se um líder global.

O treinamento pode ser um fator crítico para o sucesso dos gerentes, especialmente quando se trata de expatriados. Nesse caso, deve-se procurar desenvolver entre os candidatos a expatriamento a compreensão das diferenças culturais e dos valores inerentes às culturas estrangeiras, além da habilidade de distinguir a lógica subjacente às ações e comportamentos baseados em valores distintos de sua própria cultura (Tung, 1992, apud Rodrigues e Duarte, 1997).

Entre os fatores responsáveis pelo fracasso das experiências de expatriamento inclui-se a inadaptação das esposas e da família do expatriado, a ausência de planos de carreira que contemplem a experiência adquirida no exterior, o receio de ser esquecido e a falta de preparação para o retorno ao país de origem, que costuma significar também um choque, uma vez que o expatriado passa a perceber de modo diferente sua própria cultura, tornando-se mais difícil para ele relacionar-s com seus colegas (Rodrigues e Duarte, 1997).
Autor: Monografia AD


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