O PROFETA AFRICANO



O PROFETA AFRICANO

Muitos irmãos ficam mais ou menos escandalizados por verem vários pregadores do Evangelho enfrentando dificuldades financeiras.

A realidade é que muitos pregadores lutam com este terrível empecilho ao seu trabalho.

E quando se tratam de mestres, a dificuldade é triplicada. Isto porque praticamente todos os crentes querem aprender, mas não gostam de aprender. Se fosse possível, gostariam de contratar mestres que pudessem ensiná-los escondidos, para que ninguém soubesse que estariam aprendendo e, principalmente, o que estavam aprendendo.

Há muitos anos eu me esforço para ensinar a Bíblia em sua força e singeleza. Tenho contemplado muitos que aproveitam o que eu transmito e chegam diante dos irmãos e dizem:

- Vejam, irmãos, o que o Senhor me revelou.

Mas, como disse Paulo, o importante é que o Evangelho seja pregado. Até mesmo por inveja e por contenda.

Apesar dos percalços, sempre convoco alguns interessados para, juntos, estudarmos a Palavra.

Anos atrás comecei um grupo de estudo em minha casa em Tabatinga, Camaragibe, Pernambuco.

Eles começaram a vir e foram aumentando. A casinha de taipa que nós adquirimos com bastante dificuldade já era pequena e agora, com aquele afluxo de gente, ficou menor ainda. Os irmãos se amontoavam no chão e nas poucas cadeiras que tínhamos.

Duas vezes por semana vários carros, alguns luxuosos, estacionavam ali. Tínhamos no grupo comerciantes, profissionais liberais, funcionários públicos, um piloto de avião e até pastores.

Como não era uma reunião regular de igreja, não tirávamos ofertas. Os irmãos desconhecendo o mandamento de Gálatas 6.6 (“aquele que está sendo instruído na Palavra contribua com todos os seus bens para aquele que o instrui”), nada me ofertavam.

Minha casinha estava em estado precário, os víveres eram meio escassos, mas ninguém “se tocava”.

Certo dia apareceu em nossa reunião um negro alto, muito sério. Apresentaram-no como um profeta africano. Faltando uma meia hora para o término da reunião, passei a palavra ao irmão. Misturando Português, Inglês e Espanhol, ele foi logo dizendo:

- Meus irmãos, vocês não se envergonham de vir aqui aprender com este ministro de Deus e nunca abençoá-lo com seus bens? Fiquem sabendo que nós africanos, apesar de pobres, quando nos encontramos com um ministro de Deus, estendemos a mão direita com uma saudação e já metemos a mão esquerda no bolso para dar-lhe uma oferta. Pois escutem esta profecia: Neste lugar, sem a ajuda de vocês, o pastor Paulo construirá uma mansão que vai ser a melhor casa deste bairro.

A reunião terminou, alguns irmãos nem se despediram direito e foram embora. Realmente parecia uma coisa arranjada e combinada.

Depois disto, é claro, o grupo sumiu.

Eu comecei, junto com minha família, um curso à distância. O afluxo de alunos foi grande, com uma diferença – agora era um curso regular e... pago.

Deus nos abençoou de maneira insólita. Começou a entrar muito dinheiro.

Depois de acertarmos algumas pendências, começamos a construir nossa casa. Como o terreno era grande, construímos a casa ao redor da antiga. Quando terminamos, derrubamos a casinha e a vizinhança se espantou com a mansão com cinco quartos, sendo três suítes, com três salas, ampla cozinha, pátio anterior e posterior, pátio superior no primeiro andar e cinco metros de alpendres.

Nosso Deus é o Deus da provisão.
Autor: Paulo de Aragão Lins


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