A evolução dos quocientes
Ano vem, ano vai, e a evolução continua. Recentemente conversando com um grupo de colegas a respeito de como as pessoas se comportam, uma das pessoas se direciona a mim com um livro sobre inteligência emocional, e com um ar de estar por dentro da atualidade, me mostra algumas porções de textos interessantes. Parabenizei-a pelo interesse na leitura, mas deixei-a triste ao dizer que inteligência emocional agora é passada. Como assim? Ela me perguntou. Agora a novidade se chama QA: quociente da adversidade.
Uma das questões que mais tenho observado nas pessoas de forma geral é justamente a postura. Investigo como elas reagem às dificuldades, aos objetivos profissionais e pessoais, e como elas caminham no cotidiano. Este tem sido um exercício contínuo de alguns anos para cá na minha jornada. Costumo, freqüentemente, fazer uma autocrítica sobre como respondo em determinadas situações, e quais são as falhas que preciso corrigir. Nada mais do que uma simples prática constante da análise SWOT.
Voltando a nossa equação profissional, nossa fórmula agora tem um novo quociente. QI + QE + QA. O resultado desta soma pode ser algo mais poderoso do que uma bomba atômica no mercado de trabalho. Ou, pode ser somente um daqueles estalinhos que a meninada gosta de explodir na época da festa junina.
Ao contrário do que se possa pensar, de que ao surgir um novo quociente o anterior cai por terra, eu prefiro imaginar que cada quociente deve ser somado ao anterior. O conhecimento específico da área que trabalhamos, de valores que podem ser agregados a este conhecimento, informações gerais das coisas que ocorrem no mundo sempre nos farão ser destaques quando estivermos munidos de informação. Quanto mais se sabe, mais inteligente você é considerado. Imagine-se num teste para uma excelente vaga numa empresa de sucesso. Destaca-se aquele que tiver um maior conhecimento sobre vários assuntos. Não lembra prova de vestibular, em que o candidato mais preparado alcança os melhores resultados?
Além de inteligente você tem um conhecimento de suas emoções, sabendo como reagir em determinadas situações, não deixando de exercitar um domínio próprio sobre as falhas, nem como deixar de reconhecer como as pessoas da sua equipe reagem emocionalmente diante de determinadas situações. Quão bom você é, pois além de um grande grau intelectual, você é capaz de gerenciar tanto as suas como as emoções do outros.
Enquanto alguns profissionais estão atualizando seus comportamentos diante de um mercado que se torna cada vez mais competitivo, outros não estão atentos ao fato de que estar qualificado somente com uma faculdade, falar somente o português, não ampliar sua visão sobre diversos assuntos tem cada vez impedido de estes obterem um melhor posicionamento. Mais fácil para estes é reclamar sobre falta de emprego, salários baixos, desvalorização humana no trabalho, etc., etc., etc.
Como se não bastasse ser inteligente e gestor de emoções, as empresas cada vez mais buscam profissionais mais preparados para os novos tempos. Surge então, um novo estudo chamado quociente da adversidade, que foca justamente o comportamento de uma pessoa diante de uma dificuldade. O que fazer quando o computador quebrou? Como chegar ao cliente se o carro sofreu uma colisão? Amanheci com um mal estar, vou cancelar meus compromissos? O que fazer diante daquelas situações que contrariam o rumo em vista de um objetivo? O que fazer num dia chuvoso quando eu havia planejado ir à praia?
Empresas estão buscando profissionais que encontram uma alternativa não somente para os questionamentos anteriores, mas principalmente para encontrar novas estratégias quando as que foram traçadas ficam impedidas de serem encontradas. O mais fácil é desistir, jogar a toalha, não sofrer riscos. Contudo, prevalece aquele que no dia de chuva replaneja seu dia e encontrada atividades tão divertidas e emocionantes como um dia na praia com a família. É comum ver pessoas desistindo, e tão poucas insistindo, ou melhor, dizer, perseverando diante das dificuldades. Some inteligência, emoção e improviso diante das adversidades no seu currículo. Um novo quociente não elimina o outro, pelo contrário. A junção destes três elementos é um indicador de como os profissionais devem se comportar nos dias atuais.
Autor: Alex Corsino
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