Ventos



Oh ventos de força forte!
Eis que contra mim assoprais.
Para me derrubar tentais.
Vós, que me quereis levar à morte.

Mas eis que as águas do Mondego!
Nesta cidade, de vós, me vêm proteger.
Pois força vossa, não é tanta, nem o temer,
Nem de vós, tenho medo!..

Pois eis que um rio de vida,
Este Mondego, alimenta.
Cujas águas, vêm ainda,

De um rio, mais alto,
Mais alto, que a vossa tormenta,
Que corre de um eterno planalto!


Autor: HELDER DUARTE


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