A PRODUÇÃO E A REPRODUÇÃO DA POBREZA NO MEIO RURAL E URBANO



RESUMO

Não se trata aqui de aprofundar o debate sobre esse tema tão importante, mas talvez baste lembrar que alguns dos conceitos mais utilizados no momento de se falar sobre produção/reprodução de pobreza, desigualdade e exclusão, tanto no debate acadêmico como na discussão política, sejam precisamente os de Estado, mercado e sistema internacional.
Qualquer pessoa que reflita sobre o tema que nos ocupa e preocupa aqui estaria, em princípio, de acordo em assumir que esses três conceitos são muito relevantes para se descreverem e explicarem as condições que favorecem a produção e a manutenção da pobreza, a desigualdade e a exclusão social (como seu reverso, a redução e/ou eventual erradicação).
As pobrezas e as desigualdades são frutos de estruturas exploradoras de poder sempre que há pobreza há alguém lucrando com ela. Nessa perspectiva neoliberal o Estado deve apenas garantir o mínimo para os que não podem pagar e ter acesso ao setor privado aprofundando dessa forma as desigualdades sociais. Nela cabe ao mercado prover escolas, saúde. No campo a realidade não é diferente, pois lá também alcança o capitalismo grotesco que beneficia a elite agroindustrial. Nelas predominam a tecnologia, ou seja , quem possui capital para importar essa tecnologia e produzir mais em menos tempo aumentando a exclusão rural.
Buscar historicamente explicações para situar as situações de pobreza não é tarefa difícil. Bastam apenas nos situarmos na era da nova sociedade industrial, das mediações entre burguesia e proletariado, capital e trabalho.

São palavras chaves aqui: neoliberalismo, pobreza, reprodução de pobreza, meio urbano e meio rural.
Autor: Escritora Simone de Jesus


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