Relator Forense – Ensaios: Palavras e ingenuidade



Apoiado em alguns dos ensinamentos que o Doutor Paulo Cesar Sandler em sua brilhante obra: A apreensão da Realidade Psíquica e, trazendo a lume para apoiar a reflexão filosófica da matéria, “extra muros”,

“AS PALAVRAS NÃO FORAM CONCEBIDAS COM O INTUITO DE SIGNIFICAR “SENTIMENTOS” E EMOÇÕES”. Bion, Wilfred R.
Doutor Freud procurou “não” confundir o sentido das palavras, sobretudo àquelas que estão relacionadas com o íntimo do Ser.
AS PALAVRAS EXISTEM, MAS QUAL A SUA RELAÇÃO COM A “REALIDADE”?

ESTÃO RELACIONADAS COMO A EXPERIÊNCIA E O ESTADO EMOCIONAL DE QUEM AS CRIA?

OU ESTAMOS DIANTE DE UMA QUESTÃO DE PERCEPÇÃO NUBLADA?

Posso afirmar que a “realidade” está alem disso...

Para entendermos a realidade, temos que considerar que seu significado admite diversas associações, sobretudo sob a égide da Filosofia (“para cada um tem o seu significado”), tendo sido por gerações objeto de estudo aprofundado dos mais renomados estudiosos entre outras áreas, o de Psicologia.

Para tentar demonstrar como o assunto vem sendo estudado desde longa data, Platão em seus Diálogos trouxe o tema sob o texto “Da caverna e a sombra”; Kant, sobre a reflexão “Das manifestações apreensíveis do Ser”.

Devemos tomar por verdade:

REALIDADE = FATO!

Onde de um lado temos o que podemos entender como “resultado” de algo e de outro a “verdade” no sentido lato da palavra, de tal forma que a reflexão limite-se a um conjunto finito de elementos, por conseguinte é aceitar o que nos é posto ou apresentado como “realidade”, sobretudo sobrestando a possibilidade do auto-engano (“realismo ingênuo em contraste ao senso comum”).

Acredito que aqui possamos fazer uma pausa, refletir sobre estarmos eventualmente possuídos pela própria insanidade, a partir do momento que passamos a dedicar tempo e esforço a refletir sobre a matéria, talvez tal exposição não passe de fruto de imaginação e/ou até mesmo uma mera invenção do Superego.

Mas a prudência e o bom senso me orientam a parar a discussão por aqui, de tal forma a garantir o sucesso de nossa expedição as profundezas do Ser, o seu íntimo, permitindo a reflexão ora sobre a égide da “Razão”, ora sob a égide da “Emoção”, investigar cientificamente o “consciente” e o “inconsciente” do Ser.

É a escalada pelos “escombros assustadores” do edifício da Psicanálise!


CONCLUSÃO:

AS PALAVRAS REPRESENTAM O MEIO DE TRANSPOSTA À COMUNICAÇÃO!
É DE INMENSURÁVEL IMPORTÂNCIA SUA CORRETA E INEQUÍVOCA INTERPRETAÇÃO, SEMPRE CONSIDERANDO PARA TANTO A SEMÂNTICA NO CONTEXTO, MAS JAMAIS, ISOLADAMENTE, SOB PENA DE ESCURIDÃO E INSANIDADE, OU NO LIMITE VIVER SOB A REALIDADE INGÊNUA. PORQUE REALIDADE É O ÚNICO CAMINHO EDIFICADO A PARTIR DOS SENTIMENTOS E DAS EMOÇÕES RESULTANTES DE UMA FUNÇÃO DO FATO EM CONCRETO. POR UM EXEMPLO, A FELICIDADE É UM ESTADO MENTAL FUNÇÃO DE VIVER BEM (“SAÚDE, AMOR, SORTE, ETC.”).

Até breve,
O autor, 33 .´.
Autor: Franklin Delgado Tavares


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