Os mais rentáveis para você escolher



Estadão Investimentos
Outubro de 2005

O ranking Estadão Investimentos mostra os fundos com melhores resultados e quais se encaixam no Seu perfil

A previdência privada é um produto relativa­mente novo e pouco familiar a seus poten­ciais usuários no Bra­sil. Além disso, tem regras recentemente implementadas pelo governo e ainda não digeridas completamente. Por essas razões, na maioria das vezes o interessado em adquirir um plano leva em conta na sua escolha palpites de conhecidos ou sugestões do funcionário da empre­sa interessada em vender o produto. Como resultado, muitas vezes o com­prador não sabe direito o que levou.

Para dar mais autonomia ao inves­tidor e auxiliar na escolha da carteira mais adequada a cada perfil, Estadão Investimentos traz, pela primeira vez, um ranking de fundos de previdência. O estudo foi elaborado pela consulto­ria RiskOffice e avaliou 169 fundos do tipo Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e nove do tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

Com esta relação em mãos, é possível tirar conclusões valiosas. O sócio-dire­tor da RiskOffice Fernando Lovisotto ressalta, por exemplo, que os aplicadores muitas vezes nem sabem que determinado fundo pode ter alocação de recursos em ações, e a listagem indi­ca essa participação. "Se ele é muito conservador, pode se assustar", diz. Fundos de previdência podem ter, no máximo, 49% do patrimônio aplicado em renda variável.

A composição da carteira é um dos principais pontos a observar na hora da aplicação. Lovisotto recomenda cruzar essa informação com o prazo que o investidor tem para se aposentar ou para usar o dinheiro aplicado. Isso por­que, apesar de oscilar muito, o inves­timento em ações tende a apresentar melhores resultados no longo prazo. Assim, quem for deixar o dinheiro rendendo por 20 anos pode investir naqueles fundos que ficam com maior exposição à renda variável - se o seu temperamento permitir, é claro.

Se o poupador, por outro lado, esti­ver perto de se aposentar ou pretender usar o dinheiro num período relativa­mente curto, a sugestão é investir num fundo de renda fixa, mais conservador, o que significa nenhuma alocação em ações. O ranking avaliou quatro grupos desse tipo de investimento, três PGBL e um VGBL.

Decidido o prazo da aplicação e o grupo no qual pretende se encaixar, o investidor deve observar as taxas de administração cobradas. De acordo com o levantamento da RiskOffice, ape

nas 30,12% dos fundos cobram taxas de zero a 1,5% ao ano. Quase a metade (45,78%) fica na faixa de 1,5% a 2,5% e praticamente um quarto (24,10%) cobra acima de 2,5%. "As taxas são elevadas, até mesmo as da faixa de 1,5%, que representa quase um décimo do CDI. Se estou investindo num PGBL por 30 anos, pagarei esta taxa por 30 anos", explica o consultor.

Na opinião de Lovisotto, esse mer­cado caminha para um corte nas taxas de administração, principalmente por causa do objetivo declarado do gover­no de estimular a poupança de longo prazo. Uma das principais ferramentas dessa política são, justamente, os fun­dos de previdência.

Algumas medidas com esse objetivo já foram adotadas neste ano, como a flexibilização das alíquotas de Imposto de Renda. Em 2005, os investidores ganharam a possibilidade de pagar alí­quotas cada vez menores no resgate dos recursos, de acordo com o tempo em que mantiveram o capital aplicado.

As regras do ranking

- Pela metodologia do levantamento, as carteiras foram subdivididas em dez grupos no PGBL e três no VGBL, de acordo com dois quesitos: a taxa de administração e a alocação em renda variável. Os campeões de cada cate­goria foram escolhidos por sua maior rentabilidade líquida.

- Rentabilidade líquida, neste ranking, significa ganhos brutos menos a taxa de administração. Esse critério foi adotado porque o fato de ter taxa de administração mais baixa não garante que o fundo seja mais vantajoso.

- Atenção: o ranking não isola a taxa de carregamento (porcentual que incide sobre as despesas de colocação e admi­nistração do plano). Isso significa que, naqueles planos que cobram taxa de carregamento, a ren­tabilidade líquida para o investidor deve ser menor do que a expli­citada nas tabelas.

- A avaliação incluiu somente fundos aber­tos. Podem existir no Brasil fundos em qualquer categoria do ranking que sejam mais rentáveis do que os cam­peões aqui indicados, mas suas car­teiras estão fechadas para captação ou são exclusivas, ou seja, de um único investidor.

- Para fazer este levantamento, a RiskOffice utilizou a base de dados de fundos de previdência da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), formada por 241 PGBLs e 16 VGBLs, cujo patrimônio total atinge R$ 43,5 bilhões.

- A amostra final, entretanto, conta­biliza apenas 166 PGBLs e 10 VGBLs (com patrimônio total de R$ 34,8 bilhões), que foram aqueles que divul­garam informações constantes ao longo de 12 meses - de 30 de junho de 2004 a 30 de junho deste ano - e que estavam abertos para captação há pelo menos um ano.

- Os fundos PGBL estão divididos em três faixas de taxa de administração - uma de 0 a 1,5%; outra, de 1,5% a 2,5%; e a última, acima de 2,5%.

- Os fundos VGBL não foram enqua­drados por taxa de administração. O motivo: dos nove apresentados neste ranking, oito têm a mesma taxa, de 3%. Por isso, o critério de segmentação foi a alocação em renda variável.

- Em PGBL, ficaram estabelecidas quatro faixas de alocação em renda variável: zero, até 20%, até 35% e até 49%. Em VGBL, foram três faixas: zero, até 40% e até 49%.

Ferramentas

No endereço www.estadao.com.br/investimentos você pode pesquisar no ranking, ler a íntegra da metodologia e encontrar mais dicas para avaliar, comparar e comprar seu plano de previdência


*Marcelo Rabbat, consultor de investimentos especializado em riscos de mercado e crédito e indicado para o prêmio de melhor consultor de risco pela revista Investidor Institucional, é um dos diretores da RiskOffice
Autor: Assessoria de Imprensa Web


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