O trânsito e a sociedade dos estressados



As opções para se escrever um artigo são incontáveis, principalmente quando buscamos situações que pairam sobre corrupção, materialismo, capitalismo, boas maneiras, educação e principalmente de gentilezas. Sobre este conceito, “gentilezas” acredito que por falta “dele” muitas mortes estão acontecendo no trânsito, seja ele das pequenas cidades ou grandes metrópoles. Algumas mortes acontecem diariamente de forma grotesca e absurda quando pessoas acabam perdendo a paciência.

Qual o estado emocional das pessoas envolvidas nas inexplicáveis ocorrências de trânsito com vítimas fatais? A sociedade está mudando seus hábitos e costumes, e o pior de tudo, é que ao invés de mudar para melhor, avançar novos conceitos educacionais, disciplinares, éticos e demais adequações, está regredindo na contramão do auto-conhecimento dos tempos atuais e trazendo a tona, principalmente no trânsito, um grave problema, o stress.

Eis a questão, o mal da sociedade moderna está no stress, o que provoca um estado de irritação constante nas pessoas, deixando-as menos sensíveis e mal-educadas ao ponto de se estressarem com tudo e todos.

Segundo especialistas, o stress trata-se de um estado de esgotamento físico e mental gerado pelas mudanças e por um sistema que rege o mundo moderno. Na verdade, a raiz do stress está plantada e cresce a todo instante nas pessoas do mundo inteiro. É como uma mala pesada e sem alça que contém a angústia, ansiedade, depressão e medo. Precisamos mudar urgentemente este quadro, não podemos deixar esta bagagem de herança para as gerações futuras.

O estresse pode ser provocado por aspectos sociais, econômicos, psicológicos e culturais, relacionados entre si. E este conjunto de circunstâncias tem gerado distúrbios, doenças, baixo desempenho pessoal e profissional. Suas causas principais estão ligadas diretamente à insegurança, medo de perder o emprego, divórcio, problemas sexuais, aposentadoria, individualismo, perda dos valores coletivos e, principalmente, pela falta do alicerce principal de nossas vidas (DEUS) que se fosse sempre buscado em primeiro lugar, certamente não sofreríamos deste mal da sociedade moderna.

Na nossa rotina, vamos acumulando um stress sobre o outro como uma bola de neve, e de repente, descarregamos nossa ira disfarçada de stress sobre os outros, que quase sempre nada tem a ver com os nossos problemas. Estes crescem pela falta de bom humor, pela falta da milenar prática do bom diálogo.

Precisamos reaprender a dialogar como forma de combater o stress. Todos os excessos geram desequilíbrio, mais o estresse social pode significar um desequilíbrio muito caro. Imaginem, quantos milhões de cidadãos mundo afora estão estressados e por um fio de atingir um colapso. Um dos sinais claros de que uma pessoa está estressada é a dificuldade de fazer uma avaliação lúcida e objetiva de uma situação.

Especialistas dizem não saberem ao certo como curar e tratar o stress. O que existe até o momento são estudos, estatísticas, medicamentos, técnicas de meditação e relaxamento através de exercícios que ajudam a aliviar a tensão e gerar algum equilíbrio, buscando-se o auto-conhecimento e realinhamento dos pensamentos.

Nesta ótica de realinhar pensamentos, podemos nos determinar a sofrer menos com as coisas, não nos desesperarmos diante de qualquer situação e procurarmos compreender, não só racionalmente, mas com o coração.

Buscar no interior pensamentos de paz e harmonia é uma necessidade vital para com sabedoria enfrentarmos os obstáculos que a vida nos impõe.

Uma boa maneira de se evitar o stress é não nos submetermos aos humores e venenos dos outros – viva e seja você mesmo, independentemente do que o outro é e sente em relação a você.

Um dos principais segredos está em você se amar, cuidar-se e apaixonar-se por você mesmo. Não da maneira narcisista, mas como filho de Deus que você é. Faça a sua parte no processo existencial lembrando sempre que o diálogo move as nações. Entregue o que não está sob o seu controle a Deus e verás a grande diferença. Aprenda a envelhecer com dignidade, cultive sua alma, suas melhores qualidades, seu amor e cuide de seu corpo, sem neuroses, sem stress. Seja feliz.

Talvez essas dicas possam contribuir para despertar a consciência coletiva de que mudanças nas bases políticas, econômicas e sociais precisam ser realizadas. Não é possível alterar o sentimento individual sem mexer radicalmente no ambiente gerador do stress.

Que a felicidade e o bem estar possam se sobressair e aniquilar qualquer mal das sociedades modernas.

(*) O autor é jornalista, assessor de comunicação institucional da Câmara Municipal de Nova Alvorada do Sul e editor do Jornal Rio Brilhante
Autor: Carlos Roberto Luquetti


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