A mais nova descoberta da co-relação feminina e masculina



Século 21, o século da evolução em vários aspectos; da evolução tecnológica, das comunicações, da liberdade social, da valorização do meio ambiente e principalmente das conquistas da mulher e de sua busca pela igualdade em relação ao homem. Na prática, a coisa não funciona bem assim... Ao mesmo passo que os nossos sistemas não produzem resultados verdadeiramente satisfatórios e não são auto-suficientes (o trabalho manual e os arquivos no papel estão longe de serem extintos), como por exemplo, continuarem funcionando no caso da ausência de energia elétrica, ou no caso da liberdade social que não é tão livre quanto pensamos, percebemos que nossa capacidade de evolução é ainda muito primitiva.
De tempos em tempos, enquanto a humanidade avança os ponteiros do relógio da sua existência, várias questões problemáticas e inesperadas podem surgir no meio do caminho e arrebatar-nos dialeticamente. Embora, nem sempre encontramos o terceiro produto da equação. Um desses problemas, pode certamente revelar-se na questão do avanço da mulher diante de um mundo ditado pelo sentido masculino.
O movimento feminista (iniciado entre 1960-1970), despertou nas mulheres a vontade dos direitos iguais, e isso não começou do dia para a noite, esta foi uma conseqüência do processo de desenvolvimento tecnológico! Sim, a economia, a Segunda Guerra Mundial e o sistema capitalista encarregaram-se de mostrar para as mulheres que elas também eram capazes de trabalhar, então por que não ganhar tão bem quanto os homens? Mesmo com a perda da força desse movimento nos anos 80, restaram sementes que ainda germinam nos dias de hoje. Aos poucos, as mulheres adentram cada vez mais nos espaços masculinos, e isso não acontece apenas no trabalho através da conquista de cargos designados aos homens, mas excepcionalmente dentro de casa. As mulheres não são apenas provedoras do lar, nem mesmo simples mantenedoras da estrutura financeira da família, porém essa mudança social alcançou tamanha proporção, que até coisas tradicionalmente masculinas, viraram ações femininas.
A mulher consegue adaptar-se a essas ações de tal forma, que tornam-se parte de seu arquétipo. A mulher tem iniciativa, toma decisões, educa e orienta os filhos, trabalha fora de casa e em casa, faz o planejamento econômico do lar, programa as férias, amplia seus conhecimentos, aprende a expressar-se sexualmente e até assenta o piso da cozinha se assim quiser.
Que maravilha é a mulher conquistar a todas essas possibilidades! Isso é muito bom, entretanto, não estamos olhando o outro lado desta moeda. O que esse avanço está causando nos homens? Vamos relembrar um conceito básico das leis do equilíbrio, quando um lado da balança está muito elevado significa que o outro não está. Será que não estamos ultrapassando a linha que separa os valores femininos dos valores masculinos de forma um tanto precipitada? Além do mais, sempre temos a tendência de exagerar enquanto sociedade, desejando inconscientemente que nossas expectativas de liberdade imperem num mundo onde somos singelos habitantes vivendo em um cenário camuflado pela ideologia, sendo meros grãos de areia regados pelo mar do senso comum.
O que podemos avaliar depois de algumas décadas do movimento feminista é um certo declínio nas forças masculinas, a mulher está assumindo tanto esse papel que estamos criando uma defasagem no princípio masculino. Alguns homens têm se valido (sem perceber), dessa transformação de tal maneira que acabam perdendo a sua identidade. Não digo que perder a identidade resulta na mudança da escolha sexual, mas na perda da natureza masculina (embora esse fator também deva interferir de alguma forma para alguns). Há algum tempo escuto relatos de mulheres casadas que se vêem perdidas, pois seus companheiros não querem saber de trabalhar, de ajudar na educação dos filhos e nem mesmo de ter algumas atitudes básicas, como por exemplo, dirigir. Alguns homens estão se afundando na melancolia, na preguiça, na falta de vontade, na ausência de reação a um estimulo positivo (passear aos finais de semana, entre outros). O que fazer nesse caso? Arriscar tantos anos de dedicação, tantos anos construindo uma família, para depois terminar em uma situação insustentável!? A mulher então, se vê obrigada a assumir um outro papel, o de mãe, visto que passa a cobrar e a buscar algum tipo de motivação para incentivar o seu marido. Ah, se Freud vivesse nesse século!
A maioria dessas esposas, dessas mulheres, mulheres comuns; não estamos falando de mulheres miraculosas que alcançam a presidência de uma país, ou realizam feitos grandiosos perante os olhos da humanidade, mas de mulheres que vivenciam um outro problema, pois ou elas rompem o casamento, ou assumem toda a responsabilidade que cabe a elas e a seus maridos sem compartilhá-las.
Não quero nem pensar nos problemas posteriores que essas mudanças podem causar nas pessoas, refiro-me agora a essa problemática despercebida atuando em conjunto com a sobrecarga de atividades e o estresse tão comum no nosso dia-a-dia. A partir do momento em que uma pessoa perde a sua identidade, ela perde a sua base fundamental, ela perde o seu alicerce. Esse caos vai gerar distúrbios psicológicos, dificuldade de relacionamento e se tornar muito preocupante, já que interfere na estrutura dos relacionamentos familiares, vemos que mais cedo ou mais tarde, haverá um colapso, aliás, muitas famílias já estão vivendo esses colapsos.
Os homens precisam reassumir o seu papel, precisam retomar o gosto pela vida, pela conquista, pela autonomia, não de forma a anular as capacidades femininas, mas equilibrando-as. Afinal, as mulheres sempre necessitarão da figura masculina e vice-versa. A sociedade certamente adaptar-se-á, mesmo que essa adaptação leve mais algum século, o que não temos como saber é como será.
Autor: Elaine Nabeth


Artigos Relacionados


As Mulheres Superaram O Feminismo

Mulher, Do Sexo FrÁgil Às Conquistas

Machismo

Liderança Feminina

Resenha CrÍtica, Filme Terra Fria

Dia Internacional Da Mulher

Mulheres, Conquistando O Seu Espaço!