RiskOffice cria índices de long/short e de multimercados para institucionais
EU & INVESTIMENTOS 26 DE JUNHO DE 2006
De São Pauto
A RiskOffice* criou dois índices para aprimorar o acompanhamento de fundos multimercados pelos investidores. Um vai refletir o desempenho de fundos com estratégia de arbitragem com ações, ou long/short e, o outro, as carreiras adaptadas para aceitar aplicações de fundos de previdência, dentro das regras estabelecidas pela Secretaria de Previdência Complementar (SPC). Os novos indicadores serão controlados pelo comitê que coordena o Índice de Fundos Multimercado (IFM), criado pela RiskOffice há três anos.
A criação dos Índices diferenciados por estratégia acompanha o desenvolvimento do setor de fundos multimercado, afirma Fernando Lovisotto, sócio da RiskOffice. O crescimento do número de carteiras, explica, permitiu o desdobramento dos indicadores. "As fundações querem entrar nesse tipo de aplicação, mas não podem investir em qualquer fundo pois, na maioria, são carteiras alavancadas”. Por isso, o IFM Institucional foi criado para incluir somente carteiras que obedecem aos limites de alavancagem e de operações nos mercados futuros que as fundações têm de seguir. "O resultado mostra que o IFM Institucional é menos volátil que o IFM tradicional", diz.
Já o IFM Long Short reflete uma estratégia diferenciada, que não pode ser comparada aos demais multimercados, e que cresceu bastante do ano passado para cá. O índice reúne mais de 40 carteiras e já está sendo usado por um gestor de fundos do Chile como referencial de desempenho.
Cada índice reúne cerca de 20 fundos com mais de um ano de existência selecionados pelo critério de patrimônio. A diferença em relação ao critério do IFM geral é que, como há menos fundos, não fizemos uma segregação por volatilidade nem entre fechados e abertos para captação. Comparando os índices, Lovisotto destaca que a volatilidade do long/short é muito parecida com a do IFM geral. Até maio, o índice de arbitragem registrava volatilidade de 2,58%, para 2,54% do IFM. A rentabilidade também estava próxima, em 7,07% no ano até maio nos long/shorts, para 7,25% dos multimercados. O CDI no período acumulava 6,27%. Já o IFM para institucionais apresentava volatilidade de 0,98% ao ano, com uma rentabilidade até maio de 5,52%.
Lovisotto acredita que a tendência dos mercados nos próximos meses é de recuperação, "É uma chance para quem tem dinheiro em CDI aumentar a posição em fundos com estratégia macro, que podem capturar mais essa recuperação", diz.
*A RiskOffice tem como um dos sócios Marcelo Rabbat, consultor de investimentos especializado em risco de crédito e de mercado. Rabbat é diretor também da PR&A Consultoria
Autor: Assessoria de Imprensa Web
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