Descobrindo a sexualidade



Aconteceu em 1973 numa cidadezinha do interior, considerado o menor eleitorado baiano. Naquela época o Rio Salgado ainda cobria a referida cidade de águas em ocasiões de enchentes, o que causava sempre uma euforia geral ver aquele mar formado pelas águas dos Rios naquele interior.

A minha residência ficava perto do rio, alias tudo ali era perto. Eu tinha aprendido o caminho do Rio com meus irmãos mais velho, e num belo dia eu achei de ir sozinho tomar banho, água fria, bastante fria, afinal era inverno e o horário era bastante cedo.

Ai começou a tal aventura que mudaria minha vida para sempre.

Numa inocência de causar inveja nos dias de hoje, com seis a sete anos de idade não sabia nada de sexo e nem nunca havia sentido sensação alguma que pudesse comparar ou mesmo fazer lembrar o que seria o prazer sexual.

Motivado apenas pela vontade de tomar aquele banho, fui timidamente adentrando nas águas e aos poucos aquela água gelada tomava meu corpo à medida que entrava mais fundo nas águas do poço, de modo que ao entrar, a água fria causava uma sensação gostosa cada vez que meu corpo emergia nas águas, chegando num ponto máximo de sensação no momento que a água tocava meu sexo.

Essa mágica só acontecia no primeiro momento que entrava na água, o que me obrigava a voltar mais vezes pela manhã a fim de sentir as mesmas sensações.

O detalhe é que com a repetição do processo já não estava mais causando às tais sensações, o que me obrigou ao invés de ir fundo dentro da água, agora estava correndo em circulo na água rasa próxima ao poço e batendo com meus pés na água afim da mesma voltar e me tocar. Após algumas voltas e nada de acontecer à “coisa”, não sei de onde veio à idéia de além de correr em círculo “batendo” na água, também tocar meu sexo com a mão ao mesmo tempo em que a água tocava meu corpo. A grande sacada é que deu certo a tal experiência e eu voltei a sentir o referido prazer.

Desse momento em diante eu já não iria mais pro rio exercitar essa prática, tinha atingido o ponto máximo com minhas mãos e agora poderia fazer em qualquer lugar seguro de olhares, sendo o banheiro o campeão dos espaços.

De posse dessa preciosa informação, tratei logo de compartilhar para meus amigos de mesma idade e todos passaram a praticar a mesma experiência, conforme eu havia descoberto e aprendido.

Hoje adulto trago essas informações a memória e não vejo maldade alguma naquela criança.

Embora filho de pais protestantes, essa criança não fez de rogada e mandou ver no conhecimento de seu corpo.

Sinto-me bem resolvido em questões sexuais, por isso me atrevi a registrar essa experiência e quem sabe contribuir para quem possa interessar quanto à descoberta sexual na infância.

Se foi pecado ou não? Eu não sei responder. Apenas vejo que aquela criança se envolveu tão intimamente com água ao ponto de se tornar um com a natureza.
Autor: Aniel Costa Cruz


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