O Palpiteiro Sem Fundamento... E Pior, Sem Resultado



Dia desses eu não tive como sair da empresa para almoçar e acabei pedindo para a nossa assistente de copa aqui da Triunfo comprar para mim umas frutas para que eu não ficasse sem comer nada. Lá pelas 15:00, passei da recepção para a copa com minha cesta de frutas "turbinada", pois estávamos em prévia de entrega de projeto e já tinha previsão de sair da empresa após as 22:00, pois isso, a cesta vinha com tudo; três maças, duas pêras, quatro bananas e algumas tangerinas.

Para meu espanto, ao passar pelo corredor um dos gerentes aqui da empresa (in memorian), me viu com a cesta de frutas e

gratuitamente comentou com os outros colegas que não via sentido nisso, ficar sem almoçar para depois comer uma cesta imensa de frutas; certamente, afirmou ele, se eu queria emagrecer, não seria bem sucedido.

Bom, após alguns milésimos de segundo olhando perplexamente para o mesmo, perguntei a ele de onde ele tinha tirado a idéia de que eu queria emagrecer; depois, perguntei se ele sabia dos motivos que me fizeram não sair para almoçar; em seguida, perguntei se ele sabia até que horas eu ficaria trabalhando naquele dia e como golpe mortal, perguntei se ele já tinha olhado a protuberância que tinha no abdomem, também conhecido como barrigão.

Como educador e consultor, não podia perder aquela chance e portanto questionei se era hábito do mesmo tecer palpites em áreas aonde ele não tinha resultado, pois a despeito de querer emagrecer ou não, imaginava ele que o motivo para o apreço pelas frutas era a suposta intenção da perda de peso e neste sentido perguntei como ele se arriscava a decretar uma lei a respeito do que é certo e o que é errado em termos de perda de peso, se o mesmo tinha o tal barrigão.

Além disso, mostrei como o palpite dele tinha sido infeliz ao emitir opinião com base em achismos, crenças, suposições e falta de informação, pois o que ficou claro é que se tratava de fato de um palpite sem nenhum fundamento.

Bom, o tempo confirmou a lógica e ficou claro que esta anomalia de comportamento se tratava de um padrão que se repetiu a exaustão; tecer palpites em áreas aonde não tinha resultado, emitir respostas antes de ouvir as perguntas (cuidado com estes tipos), tomar decisões e atitudes com base em achismos e preconceitos, sem analisar os fatos e fundamentos.

e foi assim que o palpiteiro sem foi; julgando tudo e a todos e seguindo com a firme convicção de que ele sempre estava certo e todo o resto do mundo, ora, como eles não podem ver....estão todos errados.


Autor: Scher Soares


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