Fundos de pensão já têm R$ 7 bi em 'private equity'



VALOR ECONÔMICO
CAPA 11 DE FEVEREIRO DE 2008

Os fundos de pensão planejam aplicações significativas em fundos de investimentos em participação (FIP), também conhecidos como private equity, neste ano. Os FIPs compram participações em empresas jovens, mas promissoras, em geral de tecnologia de ponta, com o objetivo de vender as ações com lucro em alguns anos.

O investimento dos fundos de pensão em private equity já é da ordem de

R$ 7 bilhões, segundo estimativa da consultoria RiskOffice*. Apesar de pe­queno frente aos mais de R$ 420 bilhões de ativos das fundações, o volu­me é significativo considerando-se que os FIPs captaram cerca de R$ 30 bilhões nos últimos quatro anos.

Os fundos de pensão foram atraídos para os private equity pela perspectiva de retomo atraente e por ser uma alternativa de aplicação mais longa. Espera-se que os negócios com private equity cresçam neste ano, uma vez que a crise de crédito internacional, ao afugentar o investidor estrangeiro, está difi­cultando as aberturas de capital e a captação de recursos externos.

A Petros, fundo de pensão dos petroleiros, foi um dos primeiros a apostar
no negócio, principalmente em projetos ligados a infra-estrutura. Entre 2005 e 2006, a Petros aprovou a aplicação de cerca de R$ 1,5 bilhão em private equity, dos quais mais de R$ 1 bilhão ainda serão investidos.

A Funcef, entidade dos funcionários da Caixa Econômica Federal, pretende entrar em 17 FIPs, quase todos ainda em fase de investimento, que pode su­perar R$ 1,2 bilhão. Já a Previ, que tem cerca de R$ 280 milhões aprovados, preparam novos aportes que podem chegar a R$ 380 milhões.

A fundação Real Grandeza já é cotista da FIP Brasil Energia e analisa novas possibilidades. Mesmo fundos de empresas privadas, como a Fundação Promon e a Femco, dos funcionários da Cosipa, começam a olhar para esses in­vestimentos. A Fundação Cesp preten­de destinar R$ 60 milhões ao negócio.

O crédito para empresas, por meio de debêntures ou de fundos de direitos creditórios, também está na mira das fundações, afirma Reinaldo Magalhães, diretor da Previ. A Petros, por exemplo, vai investir R$ 100 milhões em um fundo de cédula de crédito bancário (CCB).

*Um dos sócios da RiskOffice é Marcelo Rabbat, consultor de investimentos especializado em riscos de mercado e de crédito. Rabbat é diretor também da PR&A.
Autor: Assessoria de Imprensa Web


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