Cultura Digital: ensaiando o futuro



Vai longe pensar nas expressões culturais apenas como aparato próprio das elites já que, hoje, a produção cultural se aproxima das massas como mosquito de lâmpada acesa. Isso se dá na proporção que o incentivo para o segmento vai se elevando e, de certa forma, oprimindo a espontaneidade, uma importante veia expressiva.

No entanto, tem um nicho expressivo que vive os seus primeiros momentos e, cravado de vanguarda e independência, experimenta suas crescentes e mutantes ferramentas. Trata-se da cultura digital, que cada vez mais se apresenta como suporte de outras plataformas, em relações até então inimagináveis. Hoje, por exemplo, pensar o processo educacional sem dialogar a cultura digital é como ensinar a surfar sem prancha. Isso se dá na velocidade que o notebook substitui o lápis/caderno e, numa miscelânea conturbada, vai trocando o notebook pelo celular.

Portanto, ampliar o olhar sobre esse momento em profunda evolução é fazer parte de sua construção. Mesmo à luz de Harry Pross enfatizando que “onde muitas vantagens dão piscadelas, não estão longe as desvantagens”. Logo, antecipar nesse cenário faz com que possamos observar experimentos negativos e, na mesma velocidade de suas transformações, neutralizá-los em prol de um ambiente criativo produtivo.

Foi assim durante toda a semana que compreendeu o evento Campus Party Brasil (25 a 30 de janeiro), com espaço democrático para discutir os mais variados feixes de criação digital, interpretando o tempo presente e ensaiando novos modelos.

Assim, congregando conhecimento e experiências, já é possível perceber a tolice da censura, nos processos pedagógicos, com relação às novas mídias, como ações articuladas por reacionários da educação que não desenvolveram qualquer intimidade com a cultura digital. “O professor tem uma responsabilidade muito maior hoje, pois ele não forma um usuário da rede, mas um ator da rede”, argumenta Thiago Tavares, em painel realizado nesta quarta-feira, complementando que “o professor tem que ter muito cuidado na formação desse ator, cunhando nele sua responsabilidade na geração de conteúdo”*.
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Referências:

PROSS, Harry. Atrapados em la red mediática. Orientación em la diversidad (traduzido por V. Romano). 1999, p. 353.
* Painel “Gerações Interativas – uso responsável das Telas Digitais”, na Campus Blog.
Autor: Alex Pinheiro


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