A Ressocialização do Preso Brasileiro



A RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO BRASILEIRO

¹Jane Maria da Silva Avelar
²Msc. Alessandro Martins Prado

A ressocialização do preso perante a sociedade é um assunto muito polêmico. O correto seria que o preso saísse da prisão recuperado, arrependido do crime que praticou e com perspectivas reais de recomeçar nova vida, não obstante, na prática, em nosso país, isso não ocorre, de modo que muitas vezes o preso sai pior do que quando entrou.

O motivo disso é a situação precária que ele vive dentro da prisão, a situação carcerária de nosso país é deficiente, não existindo estrutura física mínima que proporcione dignidade ao preso. São observados problemas endêmicos como a venda de drogas, a superlotação, a falta de higiene, que ocorre dentro dessas instituições, não existindo respeito pelo preso que acaba sendo tratado de forma pior que um animal de um zoológico.

Grande parte dessas pessoas que cometem crimes são de classe social mais pobre, alguns já crescem junto com o crime, sem ir à escola, não tendo a oportunidade de ser minimamente alfabetizadas e de aprender alguma profissão.

Algumas pessoas não acreditam na recuperação de presos, acham que uma vez tendo praticado crime, nunca mais vai deixar de praticar, mas no meu modo de ver existe uma grande possibilidade de uma pessoa se recuperar. As pessoas devem abraçar a causa, a sociedade tem que colaborar, dando chance para a pessoa se redimir, com a ajuda da policia é claro.

A APAC – Associação de Proteção e Assistência ao condenado se dedica a esse novo modelo, foi criada em 1.972 na cidade de São José dos Campos/SP, e seu fim é promover a humanização do preso sem distanciar do objetivo que é fazer o preso pagar pelo seu crime, mas de uma forma mais humana. São cerca de 100 unidades espalhadas pelo país

O resultado desse trabalho é muito importante e todas as unidades do Brasil deveriam adotar esse modelo. A conscientização da importância de contribuir com a ressocialização do preso é tão grande que o Conselho Nacional de Justiça – CNJ está fazendo ampla campanha neste sentido, com várias matérias televisivas e até mesmo campanhas informativas.

¹Discente do 4° ano do Curso de Direito da Faculdade Aldete Maria Alves de Iturama/Mg.

²Docente da Faculdade Aldete Maria Alves de Iturama/Mg, coordenador do Projeto de Extensão intitulado “Verba Legis” – Letras da Lei, onde esse artigo foi desenvolvido.

Obs: Artigo escrito sob orientação do Prof. Msc. Alessandro Martins Prado dentro do Projeto "Verba Legis".
Autor: Jane Maria da Silva Avelar


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