A GUITARRA E O UNIVERSO FEMININO



É pessoal, desde o dia em que ouvi Susan Tedeschi tocando uma Les Paul no Crossroads, fiquei muito curioso com essa identificação que muitas mulheres têm com o instrumento.
Posso estar errado, mas creio eu que a maioria dos nossos leitores são homens e que essa curiosidade permeia a cabeça de muitos...
É preciso ouvi-las! Elas têm uma pegada especial...
São mãos femininas tocando guitarra ...Abstraindo música do etéreo!
E você acha que elas são diferentes dos homens quando o assunto é guitarra ?
Começamos aqui uma série entrevistas com mulheres que andam com as guitas!
No mundo das guitarristas encontrei MONIKA REEVE.

Ela mostra nesta, porque temos que prestar atenção no som delas...


Nome completo: Monika Reeve


Idade: 35 anos Carioca


Profissão: Massoterapeuta

P.G. Há quanto tempo toca guitarra? Violão desde os 12, guitarra desde os 17 - total: 23 anos

P.G. Qual o seu setup?

Jackson Kely KV2 - Professional (HH SD Invaders) - Efeitos: para ensaio e show zoom 505II - para gravação depende, como não tenho muita coisa alugo. Em casa tenho um crate pequeno de estudo, mas agora com a tecnologia no PC é possível plugar e tocar a vontade com os mais diversos efeitos.

P.G. Como foi esse processo?
- Como eu comecei a tocar antes de começar a ouvir metal, então tive primeiro uma Les Paul, porem não me adaptei ao braço da lespa, e a strato sempre achei muito sem graça. Vendo revistas e clipes acabei gostando da FV e tive uma Ária Pro Flying V. Mas ainda não estava satisfeita, e a essa altura já estava tocando com a minha primeira banda, então comprei a Jackson, e troquei a captação, sempre pesquisando e lendo o que os guitarristas que eu curtia usavam, ou pela sonoridade de determinado disco ou guitarrista especifico. O que eu aprendi a perceber é que cada estilo pede uma sonoridade diferente, então para gravar, cheguei a usar guitarras diferentes e amplis diferentes também. Você começa a separar o que gosta e o que não gosta.

P.G. Qual o seu primeiro contato com o instrumento?

Meus avos tocavam, minha avó foi professora de musica da UFRJ, lecionou piano, violão, bandolim e acordeom, já meu avô tocou na Radio Nacional. A música esta presente na minha vida mesmo antes de eu nascer hahahah... Na casa da minha avó tinham muitos instrumentos, então la eu fazia meus barulhos. ate que um belo dia com 11 anos eu peguei emprestado esse violão pra aprender e posteriormente, quando comecei a trabalhar comprei minha primeira guitarra.

P.G. Porque a opção pela guitarra?

A sonoridade das cordas. Eu via meu avô tocando, ele me deu um livretinho, que tenho até hoje de acordes, harmonia e etc. e em cima disso eu comecei a tirar as musicas, aprender os acordes, etc. Em rodas de chorinho eu aprendi ritmos, batuque, contraponto e a ter o metrônomo na minha cabeça.

P.G. Em sua opinião porque as mulheres preferem o violão?

Eu desconheço essa preferência. Mas acho que uma coisa leva a outra, e embora alguns achem que é a mesma coisa tocar um e outro não é. O violão precisa de muito mais atenção, pois é um instrumento que é auto-suficiente, já a guitarra precisa de toda uma parafernália como efeitos e amplificador. Apostaria no fato de ser um instrumento melodioso.

P.G. O que você gosta de ouvir?

De Jazz a metal extremo, gosto de boa música, passando por estilos diversos.

P.G. Qual sua maior influência como guitarrista?
Não tenho uma maior influencia, porque como estou sempre escutando músicos diferentes, aprecio cada um como se fosse o predileto. Mas se for para citar: Pepeu Gomes, Alex Skolnick, Marty Friedman e Mike Stern.

P.G. O que você acha que falta pra que a guitarra fazer mais parte no universo feminino?

- O que precisa ser compreendido e que temos muitos guitarristas homens, profissionais e estabelecidos no mercado. Isso cria uma pseudo-aura de que se você decidir tocar guitarra é para fazer aquilo ali ou no mínimo perto daquilo. Com um modelo tão distante de ser alcançado é possível que muitas desistam.

P.G . Você já sofreu algum tipo de preconceito por tocar guitarra?

- Eu nunca pedi desculpas a ninguém por ser mulher. Preconceito não existe, existe é um receio por parte das próprias mulheres em não serem aceitas. Os homens acham "bonitinho" a menina tocando, como se ela fosse a mascote, mas cuidado, a gatinha pode crescer e virar um tigre HAHAHAHAH.

Para ver a entrevista e assistor ao vídeo:
http://pontoguitarra.blogspot.com/2010/03/guitarra-no-universo-feminino.html
Autor: EURICO ALVES CAVALCANTI JÚNIOR


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