MICROCRÉDITO – O QUE É?
A 1ª grande experiência de sucesso na economia atual, é a que foi desenvolvida em Bangladesh, país centro Indiano, onde um economista, MUHAMMAD YUNUS, observando a situação de exclusão de pequenos empreendedores, começou a fazer pequenos empréstimos a artesões, e hoje preside a maior instituição de microcrédito do mundo, o GRAMEEN BANK, a qual conta com mais de 2 milhões de clientes. Também tem-se registro de programas de Microcrédito desenvolvidos em vários países Asiáticos, na República Dominicana e Bolívia. O programa desenvolvido na Bolívia é um dos mais marcantes. A instituição lá formada, o BANCO SOL, que teve um árduo começo, com completa carência de clientes, onde teve de quebrar a cultura contrária ao crédito, hoje é o 3º maior banco do país.
No Brasil, a 1ª experiência, ocorreu por volta de 1975, quando em Pernambuco foi fundada a instituição chamada UNO – União Nordestina de Apoio aos Micro empreendimentos, que veio a ser incorporada ao sistema CEAPE. Desde 1986, com o apoio expressivo do setor empresarial, o Fundo das Nações Unidas para a infância, o UNICEF, e a Accion Internacional, vem promovendo a criação de organizações privadas, sem fins lucrativos, que executem programas de geração e trabalho e renda a populações que desenvolvem pequenos empreendimentos ou atividades por conta própria.
Em fevereiro de 1987, aquelas entidades fundaram em Porto Alegre – RS, uma entidade chamada CEAPE – Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos, com um capital inicial de U$ 10.000,00 (Dez mil dólares) doados pelo UNICEF. A partir do êxito do CEAPE – RS, o UNICEF, decidiu transferir essa experiência, e ampliar a rede CEAPE, aos estados do Nordeste.
Mas foi em 1996, que pela primeira vez no mundo, um governo adota o microcrédito como política pública de desenvolvimento, quando a Prefeitura Municipal de Porto Alegre/RS, mediante aporte de recursos em uma ONG – Organização Não Governamental, ajudou a fundar a instituição chamada Porto Sol.
Em Santa Catarina, seguindo os mesmos moldes, em 1.999, tão logo assumiu o governo do Estado, o governador Espiridião Amim, iniciou através do BADESC – Banco de Desenvolvimento de SC, hoje Agencia Catarinense de Fomento, a implantação do Programa Crédito de Confiança, que consistia em criar Instituições Regionais que operassem Microcrédito, destinado às camadas mais pobres da população, notadamente aquelas que não tem acesso a crédito junto aos grandes bancos. Na região da AMFRI, de imediato aderiram ao programa, alguns municípios, tendo a frente ITAJAÍ, cujo apoio através do então prefeito JANDIR BELLINE, foi fundamental para a implantação do BANCRI. Alem de Itajaí, em SC temos outras instituições em Lages o Banco da Mulher, em Florianópolis o Banco do Empreendedor, em Chapecó o Credioeste, em Criciúma o Credisol, em Joinville a Casa do Empreendedor, em Caçador o Bapem, em São Miguel d’Oeste o Extracrédi, em Tubarão a Casa do Microcrédito, em São José o Crediconfiança, em Canoinhas o Planorte, em Blumenau o Banco do Povo e Blusol, em Concórdia a Credicerto, em Jaraguá do Sul a Acrevi, em Brusque a Profomento e em Rio do Sul a Acredite e em Concórdia a Crediamai. Essas instituições tem o apoio do BADESC, Prefeituras Municipais e outras entidades da sociedade organizada, como: CDL´s, ACI´s, AMPE´s, e outras, e todas são geridas por Conselhos compostos por membros indicados por aquelas entidades.
O BANCRI
O BANCRI, uma ONG – Organização Não Governamental, fundada em 15.03.2000 com o objetivo de cobrir toda a região composta pelos municípios da AMFRI: Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú, Navegantes, Ilhota, Luiz Alves, Penha, Piçarras, Itapema, Porto Belo e Bombinhas. Hoje mantém atendimento a todos esses municípios, através de Postos próprios ou através de parcerias com CDL´s, ACI´s e Ampe´s, feituras Municipais. Em 2009, alterou seu estatuto, permitindo assim, que se expandisse para outras regiões, e em novembro, inaugurou agencia na cidade de Joinville, fato que lhe permitirá um crescimento de 100% em 03 anos.
O Bancri até dezembro de 2009, emprestou a pequenos empreendedores cerca de R$ 40.700.000,00 atendendo cerca de 11.000 pequenos empreendedores, gerando/mantendo cerca de 44.000 postos de trabalho.
As instituições de Microcrédito, caracterizam-se principalmente por:
Serem privadas e sem fins lucrativos.
Não tem filiação partidária.
· Não praticam o assistencialismo e nem o paternalismo, ao contrário, os pequenos empreendedores são tratados como pessoas produtivas e capazes de investir em seu próprio desenvolvimento, exigindo-se deles compromisso e responsabilidade.
Na direção das mesmas, estão representantes do setor privado empresarial.
Visam auto-suficiência operativa e preservação do patrimônio adquirido.
· Trabalham com recursos humanos profissionalizados, com capacitação e compromisso dirigidos a entidade e ao público usuário.
Contam com estrutura organizacional e administrativa ágil e simplificada.
Além disso, tem seus princípios operacionais estruturados e direcionados a:
Visão de Mercado,
Administração empreendedora e empresarial,
Enfoque social,
Engajamento.
Procuram prestar serviço:
Flexível,
Confiável,
Ágil,
Desburocratizado,
Enfoque ao empreendimento,
Com igualdade,
Com acompanhamento.
Além disso, uma instituição de Microcrédito, procura atuar, de forma auto-suficiente, operando com taxas, que considerem unicamente:
Custo do dinheiro,
Inflação,
Custo administrativo,
Provisão para incobráveis.
*Autor: Carlos Roberto Castilho Santos- Gerente Geral do BANCRI.
http://www.bancri.org.br
Autor: Davi
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