Sobre peixes e aquários



A imagem que inicia este post: dois aquários, um deles povoado por alguns peixes, o outro vazio. Um, e apenas um peixe saltando do aquário povoado para o outro.

Uma imagem simples, mas que tem o poder de me fazer refletir por vezes e vezes.

Podemos fazer um paralelo entre a condição física dos peixes naquele aquário e nossa condição em nossa vida. Incrível como podem parecer coisas tão similares.

Como os peixes, exploramos os espaços que as circunstâncias da vida nos oferecem; movimentamo-nos em direção de objetivos, enfrentando desafios, encontrando dificuldades maiores ou menores. Encontramos outras pessoas, assim como os peixes; mas normalmente prestamos mais atenção naqueles que vem ao nosso encontro e podem atrapalhar nossa trajetória; e tantas vezes deixamos de perceber e valorizar os que caminham conosco ou a nosso favor.

Nossa visão pode ser mais ou menos clara; então compreendemos melhor uma situação, e outra não. Em certos momentos, entendemos o porquê das coisas, em outros, não. As situações podem parecer mais turvas, assim como as águas do aquário. Mas vale lembrar: se parte da turbidez depende da água, parte depende do movimento do próprio peixe.

Em nossas vidas, o ambiente físico, psicológico, emocional que frequentamos podem afetar a clareza com que percebemos as coisas; mas a nossa serenidade, o nosso equilíbrio, o nosso estado mental, psicológico e emocional também afetam a nossa capacidade de perceber as situações que nos cercam.

Nós também respondemos pelo ambiente que nos envolve.

Águas mais claras ajudam o peixe a avançar com maior segurança, e assim explorar o espaço do aquário até seus limites; assim acontece conosco ao explorarmos as possibilidades da vida.

Peixes chegam ao limite das paredes do aquário, e embora percebam que pode haver algo além daquela superfície dura, a realidade resistente dessas barreiras interrompe qualquer tentativa de avanço: o peixe não avança além das paredes, porque não percebe a possibilidade de outra saída.

Essas paredes assemelham-se a nossas crenças; como as paredes do aquário, nossas crenças sustentam a nossa realidade; tudo o que acontece aqui dentro de nossa vida apoia-se nas verdades em que acreditamos. Até mesmo os limites que estabelecemos são consequência dessas crenças. Expressamos nossa força quando acreditamos que somos fortes; expressamos nossa criatividade quando acreditamos que ela exista.

Enfim, o que podemos realizar em nossas vidas (embora nem sempre percebamos assim) depende do que acreditamos ser possível.

Os peixes sobem até a superfície da água atraídos pela comida. Não precisam ir além, e isso basta: pegam o alimento e retornam ao fundo seguro e confortável.

Nós seres humanos também somos atraídos. Por necessidades reais ou não reais. E essa sensação de que algo é necessário pode nos levar até nossos limites, talvez até além deles.

Na verdade, tanto quanto as necessidades, os limites também são ilusórios. Assim como não existem necessidades, não existem limites. Criamos e sustentamos a crença em nossas necessidades e em nossos limites.

E é nesse exato momento, por acreditarmos em necessidades e limites, que deixamos de saltar para fora do aquário.

Toda crença é valiosa, mas não deve impedir-nos de vislumbrar novas possibilidades.

Limites são apenas referências que criamos, e podem ser superados

As incertezas não precisam causar medos; medos não existem; medos são apenas nossa maneira de manifestarmos nossa crença de algo vai dar errado.

As coisas mudam, o mundo muda, a vida muda, nós mudamos incessantemente; e isto é bom e necessários para nosso crescimento como pessoas.

Portanto, tenhamos o desapego para abrir mão das coisas que já não nos servem (inclusive ideias e crenças); tenhamos coragem para saltar além dos limites, mesmo quando existe incerteza.

Um grande abraço.
Autor: Eduardo Martins Sanchez


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