É hora de uma reforma política



É hora de uma reforma política


A fama de que o povo brasileiro é dócil, não é falsa. Chega a ser curioso, como possui uma docilidade, principalmente em relação à política. É impressionante o estado estático que a sociedade fica diante de tantos escândalos no cenário político. O povo tenta reagir com manifestações, mas que chegam a ser violentas, o que não pode haver de forma alguma, mesmo porque a violência desqualifica o protesto em baderna e, dependendo da dimensão, é qualificada em crime contra o patrimônio público e privado. Há outras formas de se protestar, até mais eficientes.
Talvez esses escândalos absurdos sejam realmente motivo de uma urgente reforma política. Mas não são só as condutas dos nossos parlamentares, veiculadas com grande repercussão e frequência na mídia é que dão o primeiro passo para esta reforma.
É impressionante como eles encobertam atos que até àquelas pessoas sem grandes conhecimentos, sabem que o que eles praticam é de um erro irreparável. Como exemplo, lembremos daquele deputado que dirigindo bêbado, em alta velocidade e se não bastasse, com a sua carteira de habilitação suspensa, tirou de forma bruta, a vida de dois jovens. Mas o que chama mais atenção é a composição da Comissão de Ética que iria julgar se houve ou não quebra de decoro parlamentar no fato de o deputado matar dois jovens em razão de dirigir da forma como já foi citada. Interessante é que, dos cinco membros da comissão, quatro deles também estavam como o nosso deputado, com as suas carteiras de habilitação suspensas. Surpresa? O fato de cada um deles está com a sua CNH suspensa, quer dizer que, são sujeitos que cometeram várias infrações semelhantes do deputado que estupidamente a vida de dois jovens inocentes. Mais uma pergunta? Nesse julgamento, haveria, sequer, um mínimo de imparcialidade?
Diante dessa lembrança, ficamos na evidência de que uma reforma política efetiva jamais será feita pelo Poder Legislativo, a não ser que seja para ficar do jeito que está o que é extremamente conveniente para os nossos parlamentares, porque se realmente ocorre uma reforma efetiva, se não todos, a maioria daqueles que estão em exercício, não serão reeleitos, ou ainda perderão seus cargos, é por essas e outras é que eles não têm o menor interesse em realizar a tão espera reforma política.
Caso não mudemos o nosso comportamento de sempre, se não arregaçarmos as mangas e “brigarmos”, vamos viver eternamente alienados. Portanto, lutemos, pois o país é nosso.
Autor: Clariça Ferreira Soares


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