ÉTICA, POLÍTICA E CIDADANIA



Atualmente, no Brasil quando se fala em ética em uma roda de amigos a primeira reação é lembrar das corriqueiras manchetes dos jornais noticiando as mazelas dos políticos corruptos, a segunda reação é rir da situação ao invés de chorar. Todos riem da situação caótica em que vivemos, reclamam da corrupção, mas ninguém faz nada, absolutamente nada.
De fato não podemos desprezar que a política brasileira está arraigada de falta de ética. Não raro está explodindo na mídia a notícia que um ou outro político está participando de esquemas de “mensalinhos e mensalões” com o dinheiro público, ou que estão transportando dinheiro nas roupas íntimas dentro de meias e cuecas, ou ainda a pior das desculpas surgiu na véspera do último Natal onde a alternativa para justificar a utilização do dinheiro público foi dizer que o dinheiro era para comprar panetones para o Natal das crianças carentes. Porém, os panetones nunca apareceram, até parece que isso foi novidade.
Na verdade notícias como estas não são mesmo novidade e não fazemos nada para reverter a situação. É claro que não devemos nos manifestar fazendo passeatas perante o Planalto em Brasília. A solução é bem mais pacífica e silenciosa, para não dizer secreta. Quando digo secreta estou me referindo ao voto, o tão almejado direito que nossos antepassados adquiriram com muito custo.
Esse ano é ano de eleições e mais uma vez, pode ter certeza, muitos brasileiros “venderão” seus votos por promessas infundadas levando-se pela maioria no ibope ou ainda por uma simples cesta básica. Fazem barganha do maior e principal direito em uma democracia.
E aí cabe a principal pergunta: “Quem é mais anti-ético: o político que utiliza indevidamente o dinheiro público ou você, cidadão brasileiro, que ao exercer seu direito ao voto o faz sem analisar cada candidato e os coloca no poder para extraviar o dinheiro público, que provém dos seus impostos?”
Realmente é difícil admitir que estamos errados quando podemos colocar a culpa no outro. A lição que fica é que devemos analisar melhor nossas atitudes antes de arremessar ofensas aos outros. Em verdade, deveríamos aplicar o entendimento do ditado popular de que “não atire a primeira pedra se possui um teto de vidro.”
Autor: Juliana Santos Amaral


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