Guerra das Malvinas



Na década de 1980, a Argentina em plena ditadura militar resolve promover um plano de controle sob o território das Ilhas Malvinas, arquipélago este ocupado pelos britânicos desde o século XIX e integrado ao imenso império britânico.
Nessa época, a ditadura Argentina estava pressionada por problemas sociais e econômicos, colocando a população contra o governo. Com o intuito de recuperar sua imagem, o alto comando do governo argentino elaborou a Operação Rosário como forma de planejar suas estratégias militares e paralelamente acreditava que teria o apoio internacional dos Estados Unidos para reaver as Malvinas, ou conseguiria por meio de um acordo diplomático com os ingleses. Sendo assim, não saiu como esperado pelo general Galtieri.
Em março de 1982, uma frota de navios mercantes escoltada por embarcações militares, começou a rondar o arquipélago que imediatamente foi hostilizada por forças britânicas que zelavam da proteção da ilha, obrigando que as embarcações argentinas se afastassem. Foi assim, o estopim para a Argentina declarar guerra à Inglaterra, em 2 de abril daquele mesmo ano.
A primeira investida militar nas Malvinas teve êxito o exército argentino, resultando no controle de Port Stanley, sendo mudado o nome para Puerto Argentino. Tal invasão teve repercussão negativa para os ingleses, levando a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher preparar suas forças militares para um conflito contra os argentinos. Com a evidente superioridade bélica dos ingleses, foi enviado um grande número de armas e fuzileiros para participar da guerra. Os argentinos organizaram um contra-ataque aéreo comandado pela Fuerza Aérea Sur, que utilizando de mísseis Exocet, conseguiram abater duas embarcações britânicas. Porém, as maiores derrotas argentinas ocorreram em terra, mesmo com um numeroso exército, mas extremamente mal preparado.
A vitória dos ingleses aconteceu durante o mês de junho de 1982. No dia 14 de junho de 1982, a hegemonia sob as Ilhas Falkland foi alcançada pela Inglaterra, nome este dado oficialmente pelos ingleses.
Com o conflito, evidenciou ainda mais os problemas que a ditadura militar argentina estava passando – inflação que estava na casa dos 600% ao ano – os movimentos populares contra a repressão militar que consequentemente levou a queda da ditadura argentina. Assim, após esse árduo processo de redemocratização, Galtieri foi deposto e, realizada eleições que levaram Raúl Alfonsín ao poder. Já na Inglaterra, houve o fortalecimento da imagem política de Margaret Thatcher, conseguindo se reeleger como primeira-ministra.
Atualmente, as brasas da antiga crise na área das Ilhas Malvinas, evidenciaram-se com o possível início das perfurações destinadas a determinar o potencial das reservas de petróleo no arquipélago. Portanto, a questão das Malvinas ainda não terminou, estava apenas adormecida, porém, agora com outro cenário político e econômico, tanto na esfera regional como em âmbito mundial.
Autor: PABLO RODRIGUES DE SOUZA


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