Guerra no Iraque. Precaução ou Arbitrariedade?



Guerra no Iraque. Precaução ou arbitrariedade?
No ano de 2003, 2(dois) anos após o atentado terrorista de 11 de Setembro, os Estados Unidos começaram uma guerra contra o Governo Iraquiano que tinha como governador o ditador Saddam Russein. O governo iraquiano após 24(vinte e quatro) anos sob o domínio de Saddam Russein já era mal visto por grande parte do mundo e era considerado uma ameaça para países desenvolvidos ou em desenvolvimento por possuir certa capacidade de construir armas químicas e biológicas.
Os Estados Unidos invadiram o Iraque, alegando que o governo de Saddam Russein estaria comprando urânio enriquecido da África para fabricação de armas nucleares. Os americanos (comandados por Bush) e seus aliados diziam que o Iraque teria em seu poder uma elevada quantidade de armas de destruição em massa que poderiam ser utilizadas 45(quarenta e cinco) minutos após a confirmação de uma ordem.
Mediante tal ameaça, o governo americano sentiu-se obrigado a invadir o domínio iraquiano para evitar as possíveis conseqüências que poderiam ser causadas por uma bomba de tamanha destruição. Embora não houvesse provas de tal suposição, os invasores ainda assim consideraram o acontecimento necessário, tanto para impedir o caos que seria gerado quanto para dar proteção ao povo iraquiano que, na visão do ministro inglês Tony Blair (um dos principais aliados de Bush na guerra contra o Iraque), merecia um estado democrático em que todos os iraquianos vivessem na mesma situação de igualdade. Blair defende ainda que se não agissem de tal forma a história não os teria perdoado. Disse também que a queda do governo iraquiano seria o inicio de um novo caminho para a organização do oriente médio, mas ainda seria necessária uma reforma da ONU visando evitar a proliferação de armas nucleares e que a luta contra o terrorismo só seria totalmente vencida quando houvesse paz entre israelenses e palestinos, pois, segundo Blair, nesses países é que se encontra o berço do terrorismo.
Há uma critica na mídia a respeito dos verdadeiros motivos da guerra. Cogita-se um possível interesse econômico. Alguns críticos dizem que os Estados Unidos aproveitaram a situação como pretexto para tomarem posse do petróleo e do quadro financeiro Iraquiano ou seria talvez uma maneira de mostrar ao mundo a sua superioridade política.
O povo americano também começou a criticar o governo Bush. A sua aprovação entre a população caiu expressivamente, principalmente após as mortes dos soldados americanos causadas no conflito EUA x Iraque.
Com a captura de Saddam 08(oito) meses após Bush ter anunciado o fim da guerra no Iraque, os americanos e seus aliados dizem ter chegado o fim de uma era escura e dolorosa e que essa seria a oportunidade de abolir definitivamente o medo e a repressão no Iraque. Houve também, com a captura de Saddam, uma menor resistência dos seguidores do governo ditador que ainda lutavam contra as forças americanas, matando vários soldados, enquanto Saddam mantinha-se escondido.
O julgamento de Saddam também foi muito discutido no mundo todo. Saddam foi condenado por um Tribunal Iraquiano à morte por enforcamento e esta decisão dividiu opiniões por toda parte. Grande parte do povo iraquiano festejou intensamente a decisão do tribunal e governos de outras partes do mundo acharam a sentença merecida. Porem, apesar de toda a satisfação sentida pela maioria, os seguidores de Saddam, adeptos do governo ditador, fizeram uma manifestação de protesto em sua cidade natal Tikrit.
Contudo, a morte de Saddam, embora aplaudida pelo mundo, foi resultado de uma invasão arbitrária dos Estados Unidos, aparentemente por se sentirem ameaçados, mas que ainda não se tem provas concretas das acusações feitas pelo governo americano e seus aliados, ou seja, embora o resultado tenha sido satisfatório, os fundamentos e os motivos que geraram os mesmos, podem ter sido fúteis e uma mera representação de interesse político.
Autor: Lazaro Jose da Silva Oliveira


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