DIGA NÃO A INTERNACIONALIZAÇÃO



A discussão sobre a internacionalização da Amazônia ficou mais forte após a viagem do ex-governador do Distrito Federal Cristovam Buarque para os Estados Unidos, onde participou de um debate em uma universidade. Na ocasião, foi questionado por um aluno que exigiu do nosso representante uma resposta humanista e não de um brasileiro sobre o tema.

O interesse internacional sobre a Amazônia vem desde os séculos 17 e 18, quando renomados cientistas viram de todas as partes do mundo estudar sua diversidade. Em 1991, o então presidente da França François Mitterrand declarou que “o Brasil precisa aceitar a soberania relativa sobre a Amazônia”. Hoje, a frase mais utilizada pelos paises desenvolvidos, é a de que a Amazônia é “patrimônio da humanidade”, devendo ser administrada por autoridade internacional, com capacidade de garantir a sobrevivência do planeta.

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, apresentou um estudo apontando a existência de cerca de 100 mil ONGs atuando na região amazônica, e demonstrou preocupação sobre os “interesses ocultos” dessas organizações, onde existem suspeitas de atividades ilegais, como tráfico de armas, tráfico de drogas, de pessoas e de animais, lavagem de dinheiro e espionagem.

Essas organizações instaladas na região amazônica levantam a bandeira da proteção do meio ambiente e dos direitos indígena. Mas será que elas realmente se preocupam com a preservação da floresta? O fato é que nessa região circulam mais europeus e americanos do que próprios brasileiros, devido as restrições impostas pelas comunidades assistidas pelas ONGs. O engraçado é que no nordeste do Brasil onde cerca de 10 milhões de pessoas vivem na miséria, não há nenhuma ONG.

A internacionalização da Amazônia é defendida com unhas e dentes pelas nações que já destruíram todas as florestas existentes em seus territórios, em prol do desenvolvimento. Vêem na Amazônia uma forma de manter o equilíbrio do planeta, e até a chamam de “Pulmão do Mundo”.

Como trás em seu artigo, Cristovam Buarque, respondeu de forma humanista ao aluno, que se internacionalizar a Amazônia para sua preservação, deve-se também internacionalizar as reservas de petróleo do mundo inteiro. Concluiu dizendo que o petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Que apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado.

Como brasileiro, devemos manter a nossa soberania na região amazônica, limitando a atuação e instalação de organizações internacionais que estão transmitindo sua cultura e linguagem para as comunidades que habitam a região, e retirando de nós toda a riqueza existente nela. Devemos responder as nações industrializadas, tão preocupadas com a saúde do planeta, que temos todas as condições de proteger a Amazônia, e proporcionar o desenvolvimento da região sem agredir a floresta. Ser brasileiro e defender a internacionalização é ter desamor ao solo pátrio.
Autor: Matheus Testa Dias Furtado


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