DITADURA OU REVOLUÇÃO?



DITADURA OU REVOLUÇÃO?

Eis a questão! A imprensa brasileira faz grande alarde quando se aspecta na sinonimidade das duas palavras. Seriam ditadura e revolução à mesma coisa? Teriam o mesmo significado? A palavra ditadura deriva do latim dictatura e relaciona-se a forma de governo em que todos os poderes se enfeixam nas mãos dum indivíduo, dum grupo, duma assembleia, dum partido, ou duma classe. Qualquer regime de governo que cerceia ou suprime as liberdades individuais. Excesso de autoridade; despotismo, tirania. A Ditadura do proletariado é um regime político, social e econômico desenvolvido teórica e praticamente por Lênin (v. leninismo), e que se baseia no poder absoluto da classe operária, como primeira etapa na construção do comunismo. Revolução palavra de derivação latina revolutione que representa o ato ou efeito de revolver ou revolucionar. Rebelião armada; revolta, conflagração, sublevação ou transformação radical e, por via de regra, violenta, de uma estrutura política econômica e social. Qualquer transformação violenta da forma de um governo, ou a
transformação radical dos conceitos artísticos ou científicos dominantes numa determinada época: revolução literária; revolução tecnológica.

Está associada também a Volta, rotação, giro, bem como a perturbação, agitação, rotação em torno de um eixo imóvel. Pelo exposto poderemos naturalmente diferenciar uma sinonímia da outra, levando-se em conta os ideais de cada uma. A história do Brasil está repleta de lutas e revoluções e aqui enunciamos essas lutas e revoluções nas mais variadas épocas. “Século XVI – Tivemos a França Antártica que foi a invasão francesa ao Rio de Janeiro no período compreendido de 1555 – 1567. Se destacou na história a Confederação dos tamoios revolta indígena, ocorrida no Rio de Janeiro dos anos 1556 a 1567. A Guerra dos Aimorés, também uma revolta indígena contra luso-brasileiros, ocorrido no estado da Bahia em 1555 e durou até 1673. A Guerra dos Potiguares a luta indígena contra luso-brasileiros acontecida nos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba pelos idos de 1586 a 1599. Já no decorrer do Século XVII, os bandeirantes, bugreiros, entradas e bandeiras fizeram expedições civis - militares de exploração e captura de indígenas nos séculos XVI e XVII. Não parou por ai e ainda tivemos a luta dos Quilombos e a Guerra dos Palmares que eram os redutos de escravos africanos fugidos, no Nordeste do Brasil nos séculos dezessete e dezoito. Veio a França Equatorial – a invasão francesa, ocorrida no estado do Maranhão em 1612.

O levante dos Tupinambás também eclodiu em luta contra brasileiros e portugueses nos estados da Bahia e Espírito Santo nos idos de 1617 a 1621. A invasão holandesa, bem como a presença neerlandesa no Brasil, a Guerra Luso-Neerlandesa e a Insurreição Pernambucana conhecida como a Luz Divina, um conflito entre portugueses, brasileiros e holandeses, no Nordeste nos estados da Paraíba e Pernambuco em maior parte que durou de 14 de fevereiro de 1630 a 26 de janeiro de 1654. A Revolta de Amador Bueno, que ficou conhecida como insurreição popular acontecida no estado de São Paulo em 1641. O Motim do Nosso Pai em Pernambuco no ano de 1666. (A Revolução de Beckman ou revolta dos comerciantes, acontecida no Maranhão em 25 de fevereiro de 1684-1685) e a Confederação dos Cariris a luta dos índios contra luso-brasileiros acontecidos nos estados do Ceará e Paraíba nos anos de 1686 a 1692. Como os senhores podem notar e avaliar o desenvolvimento brasileiro de século em século foi feito a custa de lutas armadas e muito derramamento de sangue.

O Brasil sempre foi alvo dos olhares ferrenhos dos europeus que viam na Pátria Amada uma riqueza incomensurável e queriam tirar proveito dela e sempre com a força e o poderio que eles possuíam, mas os bravos brasileiros conseguiram superam todas essas avalanches. A história continua e já no século XVII, tivemos guerras e guerrilhas que passaram para a história. A Guerrilha dos Muras- índios contra luso-brasileiros (século XVIII), a Guerra dos Emboabas - confronto entre bandeirantes e mineiros, São Paulo e Minas Gerais que teve início em 1700. A Revolta do Sal em Santos no ano de 1710. A famosa Guerra dos Mascates confronto entre comerciantes e canavieiros acontecida em Pernambuco de 1710 a 1711. A Guerra dos Manaus, índios contra luso-brasileiros, no Amazonas de 1723 a 1728. A conjuração Carioca, conspiração abortada independentista, no estado do Rio de Janeiro de 1794 a 1795. A Revolta de Felipe dos Santos, revolta de mineradores contra a política fiscal ocorrida em Minas Gerais no ano de 1700. A Inconfidência Mineira conspiração abortada independentista e republicana em Minas gerais no ano de 1789.

A resistência Guaicuru luta entre índios contra luso-brasileiros, no Mato Grosso do Sul de 1725 a 1744. A Guerra Guaranítica luta de Portugal e Espanha contra jesuítas e guaranis catequizados, na região Sul em 1751. A Conjuração Baiana, a Revolução dos Alfaiates, revolta independentista e abolicionista, ocorrida na Bahia em 1798. Durante essas lutas e revoltas já havia uma finalidade precípua tornar o País independente como aconteceu na Bahia, no Rio de Janeiro, Pará, Piauí, Maranhão, Pernambuco e em Minas Gerais, mas infelizmente todas abortadas. A Conspiração dos Suassunas, conspiração abortada independentista, em Pernambuco no ano de 1801. A invasão da Guiana francesa – invasão e ocupação da Guiana em alusão ao Brasil de 1809 a 1817. A incorporação Cisplatina – Invasão e anexação do Uruguai ao Brasil em 1816. A Revolução Pernambucana, revolta independente e republicana, em Pernambuco no ano de 1817. A Revolução Liberal de 1821, revolta independentista na Bahia e Pará em 1821. Independência da Bahia, revolta independentista, acontecida na Bahia de 1821 a 1823 e a Guerra da Independência do Brasil, brasileiros contra militares legalistas portugueses, acontecida na Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e Uruguai, de 1821 a 1823.

Essas podem ser consideradas as lutas ocorridas ante do império, isto é, antes do século dezenove, visto que as lutas e revoltas continuaram a fazer a história da independência do Brasil. Império no século XIX – Vem a Confederação do equador, revolta separatista, acontecida no Nordeste nos anos de 1823 a 1824. A Guerra Cisplatina- Brasil contra Argentina e rebeldes uruguaios de 1825 a 1828, a Revolta dos Mercenários – mercenários contra Império do Brasil, no Rio de Janeiro no ano de 1828. Queremos colocar a par dos nossos leitores os fatos históricos ocorridos no Brasil podemos analisá-los por várias fontes, mas aqui nos situamos no site da http://pt.wikipedia.org/wiki/Lutas_e_revolu%C3%A7%C3%B5es_no_Brasil/ que consideramos uma página eletrônica de grande valia para os historiadores e pesquisadores brasileiros. A Noite das Garrafadas foi uma insurreição popular e confronto entre brasileiros e portugueses, no Rio de Janeiro em abril de 1831. Já a Cabanada também foi uma insurreição popular, ocorrida nos estados de Alagoas e Pernambuco de 1832 a 1835. A Federação do Guanais, revolta separatista e republicana, ocorrido na Bahia em 1832, a Rusga também foi uma revolta entre conservadores que queriam manter o império e republicanos, ocorrida no Mato Grosso em 1834.

A Cabanagem no Pará em 1834 a 1840 foi uma insurreição popular, a revoltados Maleses foi outra insurreição acontecida na Bahia em 1835, já a Revolução Farroupilha, também separatista e republicana aconteceu no estado do Rio Grande do sul, de 1835 a 1845. A Sabinada outra insurreição popular, aconteceu também no estado da Bahia a 7 de novembro de 1837 a 1838, vem a seguir a Balaiada uma insurreição popular acontecida no Maranhão de 1838 a 1841. Vem às revoltas liberais como a liberal, São Paulo e Minas Gerais em 1842, outra com um nome hilariante a revolta dos Lisos, em Alagoas no ano de 1844, revolta liberal, Alagoas (1844), o motim do Flecha-Flecha em Pernambuco em 1844 e o motim do Mata- Mata de 1847 a 1848, também no estado de Pernambuco. Insurreição Praieira – revolta socialista, em Pernambuco, de 1848 a 1850. A Guerra contra Oribe e Rosas-Brasil e rebeldes uruguaios e argentinos contra Uruguai e Argentina de 1850 a 1852. Revolta do Ronco da Abelha, acontecida no Nordeste brasileiro de 1851 a 1854, o levante dos Marimbondos, em Pernambuco em 1852, a revoltada Fazenda Ibicaba, em São Paulo, no ano de 1857, o Motim da Carne sem Osso – insurreição popular ocorrida na Bahia em 1858. A Guerra contra Aguirre- Brasil e rebeldes uruguaios contra o Uruguai de 1854 a 1865.

A tão famosa e badalada Guerra do Paraguai - Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai de 1865 a 1870, onde se destacou o Duque de Caxias, a revolta dos Muckers, uma insurreição popular-messiânica, acontecida no Rio Grande do Sul de 1868 a 1874. A revolta do - Quebra-Quilos, insurreição popular, no Nordeste de 1874 a 1875, a Guerra das Mulheres, outra insurreição popular, acontecida no Nordeste de 1875 a 1876, a Revolta do Vintém, insurreição popular, no Rio de Janeiro em 1880 e em Curitiba no ano de 1883, e o Golpe de 15 de novembro – Golpe militar, Rio de Janeiro de 1889. A história além de importante é rica em detalhes e nossa pretensão é escrever algo, através de pesquisas de acontecimento a acontecimento. Nessas lutas muitos brasileiros derramaram sangue e perderam a vida. Que essas insurreições, revoltas, lutas e guerras sirvam de exemplo aos nossos atuais políticos que ao contrário dos desbravadores, dos que perderam a vida em defesa da honra em prol da Pátria Brasil deem as suas contribuições para um Brasil melhor e mais humano e não sejam verdadeiros sugadores de sangue e ainda responsáveis pela miséria e a pobreza que assola a nação.

Que façam a insurreição da vergonha e devolvam aos cofres da nação o dinheiro surrupiado dos famigerados mensalões e que os culpados não fiquem impunes. A justiça deve crescer o braço para atingir os poderosos, visto que a polícia tem feito seu papel, mas parece que a mesmice fez morada nos mais altos escalões e não quer sair. Dinheiro em meias, em cuecas, em locais mais absurdos fazem a malicia da maioria dos políticos brasileiros. Em outra oportunidade iremos citar as nuanças das lutas, guerras que aconteceram na época da república. Honestidade senhores políticos. Os senhores estão aí gozando as benesses do governo pela força de nosso voto e com a mesma força poderemos colocar-lhes no olho da rua. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA UBT- DA AVESP E DA AOUVIR/CE.
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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