Voce conhece a sua vagina?



Primeiramente antes de começarmos a discorrer sobre os órgão genitais, é importante perguntar: Como mostrar de forma didática e para a mulher como é o seu corpo? Vamos lá... Os órgãos sexuais femininos didaticamente são divididos em aparelho genital interno e externo.

Os Órgão Genitais Externos:
Correspondem aos planos mais superficiais do períneo anterior e constituem a vulva (grandes lábios, pequenos lábios, monte de vênus, clitóris, vestíbulo da vagina e as glândulas de Bartholin.

Os Órgão Genitais Internos:
Correspondem à vagina, útero, as tubas uterina (trompas) e ovários.
Tendo em vista as dúvidas que surgem à respeito da sexualidade e dos órgãos genitais femininos, fica difícil dividir os órgãos em estruturas anatômicas independentes, pois estão de maneira geral interligados no ato sexual. (ocorre relação entre os órgãos pélvicos e as mamas e o sistema nervoso central no ato sexual, por exemplo).

Com base nesses dados, Serapião (1989) classifica as estruturas anatômicas femininas ligada a sexualidade em:

• Estruturas Primárias de Sexualidade
Aquelas estruturas que através de estímulos táteis levam a mulher ao orgasmo (vulva e vagina e clitóris)

• Estruturas secundárias de Sexualidade
Aquelas estruturas que participam do ato sexual de maneira indireta, como resposta ao estímulo sexual (pele, língua, lábios, orifício anal, mamas, útero, músculos perineais)

• Estruturas Terciárias de Sexualidade
Aquelas estruturas que são receptoras, condutoras e perceptoras de estímulo sexual (órgão do sentido e sistema nervoso central e periférico).
Quais as fazes do ato sexual?
Diversos autores tentaram explicar de uma maneira didática a relação sexual.

Desde 1966 (Masters e Jonhson) até os dias de hoje diversos modelos foram propostos, mas atualmente o mais aceito é o seguinte padrão:
DESEJO, EXCITAÇÃO, ORGASMO E RESOLUÇÃO.
Como os seus órgãos sexuais respondem ao estímulo sexual?

Para responder a essa questão vamos continuar avaliando os órgão genitais como interno e externo. A vulva fica difícil de caracterizar sem a sua associação com a vagina. A vagina por sua vez na fase de excitação, apresenta resposta com a lubrificação das paredes vaginais de 5 à 15 segundos após a estimulação sexual eficaz (alguns autores defendem um tempo mais prolongado). A vagina aumenta de tamanho (largura e profundidade) e muda de cor de vermelho-violeta para vermelho-escuro. Também apresenta congestão (inchaço) de seu terço externo antes da fase de orgasmo. Durante o ORGASMO, essa região externa se contrai a cada 0,8 segundo, reduzindo em número gradualmente em espasmos ocasionais . Após o ORGASMO se dá a fase de RESOLUÇÃO, onde ocorre uma diminuição da congestão e o retorno da normalidade da cor da vagina. (de 10 a 15 minutos).

O clitóris também desempanha importante papel na relação sexual. Durante a fase de excitação o clitóris sofre um processo de ingurgitamento (de maneira mais fácil de entender, como um inchaço). Ele também acaba ficando ereto durante esse período. A lubrificação vaginal costuma acontecer antes do aumento do clitóris. Estudos mostram que o clitóris apresenta inervaçao equivalente à glande do pênis. É um órgão extremamente sensível à estimulação sexual.

O útero é órgão integrante do aparelho genital feminino interno. Fica localizado no fundo da vagina e está entre a bexiga e o reto. Na fase de excitação ocorre uma elevação do útero que retorna após o orgasmo, na fase de resolução. O útero tem importante participação na sustentação da pelve, e defeitos, falhas ou lesões nessa estrutura (pelve) podem dificultar a realização do coito. A principal causa de lesões no assoalho pélvico é o parto vaginal associado a fatores constitucionais. O útero pode causar dor no ato sexual quando apresenta aderências (em casos de endometriose e de processos inflamatórios) pela distensão de outros órgãos.

Os ovários são em número de dois e estão localizados um de cada lado da pelve. Os ovários tem importante função na ovulação e na produção de hormônios sexuais, que também são importantes na libido e no desenvolvimento dos caracteres secundários durante a puberdade na mulher. Quando apresentam lesões podem apresentar dor à relação sexual ou não. A presença de endometriose é importante nessa queixa de dor na relação sexual (DISPAREUNIA), dor no período menstrual (DISMENORRÉIA) do tipo cólica e intensa e infertilidade.

O objetivo desse artigo é expor de maneira didática e fácil de entender os órgão sexuais e suas respostas durante o ato sexual. Fica exposto ao paciente que sempre que houver dor na relação sexual, um médico especialista deve ser consultado, para evitar lesões posteriores que poderiam ter sido resolvidas anteriormente. Aproveite a informação para aumentar o seu prazer! Você merece uma vida saudável!

Fontes:
FEBRASGO. Tratado de Ginecologia Febrasgo 2001 . Ed. Revinter, capítulo 1, pag 01-14
SERAPIÃO,JJ. Bases anátomo funcionais da sexualidade da mulher adulta e suas implicações clínicas (Monografia) Rio de Janeiro: Departamento de Psicologia da Universidade Gama Filho, 1986.
MASTER, WH, JOHNSON, VE. Human sexual response. Boston: Little Brown ( A resposta sexual humana). São Paulo. Ed. Roca, 1984

Mais informações em
www.ginecologialuba.com.br
http://ricardoluba.zip.net
Autor: Ricardo Luba


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