A Desesperança Na Esperança!



A desesperança na esperança!

Quando os fundamentos se abalaram que poderá fazer o justo? É este questionamento do salmista no salmo onze verso três, que me faz pensar sobre sua situação! Ele inicia o salmo dizendo que nem nos montes, onde outrora houvera segurança, encontra-se paz. Lá mesmo estão os inimigos prontos para matá-lo!

O grito do salmista é o meu grito, é o grito da igreja! Não a igreja instituição, mas a igreja corpo de Cristo. Estamos com os fundamentos abalados também. Do mesmo modo que o salmista, não encontramos lugar seguro. Até nos montes, entre irmãos, onde deveríamos encontrar segurança temos visto guerras, inimigos prontos para nos matar.

O mal tem se apresentado com várias faces, ele esta em todas as partes, nos lugares mais inimagináveis. A desesperança tem tomado a cada ser humano; não se consegue mais confiar em alguém para guiar nossa nação. Eu grito novamente junto com o salmista dizendo: "Salva-nos, Senhor! Já não há quem seja fiel; já não se confia em ninguém entre os homens". Sl 12.1 NVI. Não existe pessoa que não se deixou contaminar. A cada aproximação sente-se ou o cheiro pútrido da corrupção, ou o horripilante odor de uma pseudo-soberba por uma falsa incorruptibilidade.

O egoísmo tomou conta do ser humano. O pensamento vigente é "cada um por si e Deus também, por ele mesmo", porque o homem já se acha auto-suficiente, e em conseqüência disto temos observado a cada dia a degradação em todos os aspectos de nossa sociedade. Atrevo-me a usar a mesma citação que Paulo faz: "Não há nenhum justo, nenhum sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, todos tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nenhum sequer. Suas gargantas são um túmulo aberto; com suas línguas enganam. Veneno de serpentes esta em seus lábios. Suas bocas estão cheias de maldição e amargura. Seus pés são ágeis para derramar sangue; ruína e desgraça marcam os seus caminhos, e não conhecem o caminho da paz. Aos seus olhos é inútil temer a Deus". Rm 3.10-18 NVI

Não há paz, não há segurança, não há amor, não há vida. "Por isto a terra pranteia". Os 4.3a NVI. Com o coração dolorido, pranteando junto com a terra, querendo ainda ser realista sem ser melodramático, uno minha voz à do salmista e pergunto: O que poderá fazer o justo? Sinto meu clamor sufocado pela grandeza da loucura (insensatez, insanidade daqueles que fazem o que bem lhes parece e permanecem impunes), do cinismo (maneira fraca e covarde de enfrentar os problemas cotidianos, satirizando, debochando e rindo de tudo), da estupidez e sujeira dos PCCs, dos mensalões, dos homens de "colarinho branco" mas coração e mente sujas; pela dor dos injustiçados; pela tristeza dos decepcionados e ainda pelo desanimo dos que perderam a esperança em dias melhores!

Resta-nos somente pedir ao nosso Deus, nosso Pai, que ajude-nos. Com o mesmo medo que um filho tem de perder o pai em meio a uma grande multidão imploramos: Segura em nossas mãos! Sendo assim mesmo que queiramos soltá-las tu não nos deixará escapar. Temos medo de cair, de perder a direção, de perder-nos em meio a tanta sujeira. Tememos que respingos desta lama sujem nossos olhos, que me impeçam de enxergarmos a verdade. Fica conosco, ajude-nos, e por fim, cantaremos a ti: "Pois o Senhor é justo e ama a justiça; os retos verão a sua face".Sl 11.7 NVI

Jean Rodrigo Batista


Autor: Jean Rodrigo Batista


Artigos Relacionados


Tu és...

Soneto Ii

À Sobra Das Tuas Asas!

Pra Lhe Ter...

Aquelas Flores Coloridas

Eu Jamais Entenderei

Minha Mãe Como Te Amo