O fim das eleições amadoras



As discuções políticas e eleitorais se intensificam a cada dia. Até o final deste semestre os partidos políticos terão realizados suas convenções. O eleitor, diante de mais um processo eleitoral, vai amadurecendo. E uma coisa boa é que o político, também. Uma prova para esta constatação é a preocupação das legendas em profissionalizar suas campanhas promovendo capacitação aos dirigentes e militantes. Isso tem um lado histórico, pois nos afasta cada vez mais das nefastas formas de se fazer política partidária onde reinava a troca de benefícios pelo voto. Sim, esses caminhos tortuosos e desonestes ainda são trilhados, porém, repito a maturidade do eleitor e o acesso dele a informação, vai afastando aos poucos tais práticas. Pego como exemplo dois dos maiores partidos: o PMDB e o PSDB.
O primeiro, diante da liberação do TSE aumentando as possibilidades para o uso da Internet na campanha deste ano, promoveu no início de abril, uma capacitação digital (gratuita) aos militantes peemedebistas, começando por São Paulo. O objetivo é que eles aprendam a utilizar as diversas ferramentas digitais que estarão disponíveis para a propaganda do partido e de seus candidatos. Dando crédito ao profissionalismo o partido vem, há três anos, realizando um programa que pretende formar militantes, filiados e simpatizantes através de discurso e visão partidária unificados.
A óbvia necessidade de capacitação, assim como ocorre em empresas, também vem ganhando espaço no ninho tucano. Apostando que os debates não vão ficar apenas entre os candidatos à presidência, Dilma (PT) e Serra, desde o ano passado que o PSDB disponibiliza cursos aos seus militantes. Assim, nas ruas, os debates e a defesa das obras do partido possam acontecer de forma consistente e convicta.
E o pensamento de profissionalizar a política partidária não se restringe apenas aos grandes partidos. O PRB, Partido Republicano Brasileiro, que apresenta 291.037 filiados (o PMDB, por exemplo, apresenta quase 3 milhões) também vem investindo em seminários e capacitações para o quadro de filiados. Ações maduras e sérias que se fazem mais presentes na política nacional e quem ganha é a democracia e os brasileiros.


1 Dados do TSE, em março de 2010
Autor: DANILO AMARAL


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