Dilema do Prisioneiro – O jogo do Ganha-Ganha



Vamos entender porque devemos sempre jogar o Ganha-Ganha na vida e na empresa. Através de uma simulação vamos entender a importância de trabalharmos em equipe seja ela composta até mesmo por apenas duas pessoas. O dilema do prisioneiro é a situação em que dois comparsas, A e B, são pegos cometendo um crime. Levados à delegacia e colocados em celas separadas, o promotor lhes diz que a polícia possui evidência suficiente para mantê-los presos por um ano, mas não o bastante para uma condenação mais pesada. Porém, se um confessar e concordar em depor contra seu cúmplice, ficará livre por ter colaborado, e o outro irá para a cadeia por 3 anos. Já se ambos confessarem o crime, cada um sofrerá uma pena de dois anos.

As decisões são simultâneas e um não sabe nada sobre a decisão do outro. O dilema do prisioneiro mostra que, em cada decisão, o prisioneiro pode satisfazer o seu próprio interesse (trair) ou atender ao interesse do grupo (cooperar). Aqui estão as possibilidades organizadas em ordem:

O que pode acontecer?
- Se A coopera e B coopera então 1 ano de cadeia para A e para B;
- Se A trai e B coopera então A fica livre e B pega 3 anos de cadeia
- Se B trai e A coopera então B fica livre e A pega 3 anos de cadeia
- Se A trai e B trai então 2 anos de cadeia para A e para B.


Para qualquer um dos prisioneiros, o melhor resultado possível é trair e seu parceiro ficar calado. E até mesmo se seu parceiro trair, o prisioneiro ainda lucra por não cooperar também, já que ficando em silêncio pegará três anos de cadeia, enquanto que, confessando, só pegará dois. Em outras palavras, seja qual for a opção do parceiro, o prisioneiro se sai melhor traindo.

O único problema é que ambos chegarão a essa conclusão: a escolha racional é trair. Essa lógica vai, desta forma, proporcionar a ambos dois anos de cadeia. Se os dois cooperassem, haveria um ganho maior para todos, mas a otimização dos resultados não é o que acontece.

O entendimento e aplicação destes conceitos no dia-a-dia nos levam a buscar a solução ótima e não a conveniente se levarmos em conta o resultado para o grupo e não apenas o resultado individual.

Você, no seu cotidiano, joga para a sua equipe ou apenas para você?








Graduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica.
Autor: Natanael G. Filho


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