Catadores de latinha, mais uma prova da exclusão social.



Segundo dados o Brasil é campeão mundial na reciclagem de latas de alumínio e pelo menos 130 mil brasileiros obtêm uma renda com a coleta dessas latas.
Até então tal fato tem sido visto, na maioria das vezes como algo bom, ecológico, um exemplo a ser seguido por outros países. Contudo o que parece estar sendo ignorado é o fato de que essa parte da população que trabalha com a coleta de latas de alumínio é tão numerosa devido ao desemprego, e muitas vezes acaba tendo essa atividade como sua única renda.
Por ter muita oferta de mão-de-obra o trabalho é ainda mais desvalorizado, tendo as latas compradas pelas grandes empresas a um preço muito barato, o que causa um ciclo vicioso que parece nunca ter fim, em que os catadores vão dependendo cada vez mais desse trabalho, sendo cada vez mais numerosos e recebendo cada vez menos, e as empresas vão pagando mais baratos pelas latas, obtendo-as em maior quantidade e tendo mais lucros em cima dessa reciclagem e assim sucessivamente.
A coleta de latas de alumínio é um trabalho que nem deveria existir, pois é conseqüência de um consumo exagerado causado pelo capitalismo, que por sua vez gera junto essa enorme exclusão social para que pequena parte da sociedade obtenha cada vez mais lucro.
Autor: Bruna Goulart


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