Tipos de Calçados – Chopine / Zoccoli
As chopines foram muito utilizadas em Veneza tanto pelas cortesãs, como pelas aristocratas, sejam por motivos práticos como as freqüentes cheias, ou mesmo por ter tornando-se uma referência simbólica ao prestígio cultural e social, pois quanto maior fosse à altura da chopine, maior o status de quem a utilizava. As altas chopines permitiam literalmente que uma dama fulgurasse entre os demais. As chopines venezianas eram esculpidas por verdadeiros artesões, onde acabavam por produzir algumas verdadeiras obras de artes, com entalhes em altos e baixos relevos.
Nas Espanha do século XV, as chopines também dominavam sobre qualquer outro modelo de calçado, uma vez que a maior parte do abastecimento de cortiça ao país era destinada a produção destes calçados. Alguns historiadores argumentam que o modelo é originário da Espanha, uma vez que há vários registros e referências históricas datadas do século XIV, porém outros alegam que os modelos são originários da Turquia. Os modelos espanhóis eram mais cônicos e simétricos, além de possuir uma rica ornamentação com jóias, letras douradas, bordados e outros enfeites metálicos em ouro e prata ao longo sua base.
Foi durante o período renascentista que as chopines tiveram seu auge, chegando a atingir pouco mais de 50 cm, este exagero requeria auxílio de até dois serviçais, que auxiliavam tanto no calce, quanto no caminhar com estes modelos. Esta extravagância é narrada por estudiosos de forma controversa, onde uns atribuem uma marcha instável e deselegante, já outros descrevem eu uma mulher poderia até dançar graciosamente utilizando-se das chopines
As chopines eram normalmente produzidas sob blocos de madeiras ou cortiça, onde eram esculpidas a fim de permitir a colocação dos pés já calçados por outro tipo de calçado, estes modelos em alguns casos eram encapados com o mesmo tecido dos vestidos, outrora encapados com couro, brocado e veludo, as ornamentações eram feitas com pedras preciosas e semipreciosa, jóias, ouro e prata, havendo também os modelos que permaneciam apenas em madeira ou cortiça, mas esculpidos artisticamente. Por volta do século XVI, estes modelos começam a ganhar versões com duas partes distintas, uma parte superior (cabedal) flexível unida a um solado pesado e duro (madeira, ou cortiça), está versão do modelo ganhou popularidade entre os cavaleiros e tanto mulheres, quanto homens começaram a utilizar-se destes modelos à equitação.
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Dados do Autor: Fábio Marcelo Espíndula
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Autor: Fábio Marcelo Espíndula
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