Direitos do Homem



Temos, ao desenrolar dos anos, nos deparado com diversos noticiários relatando que houve um atentado terrorista ali, outra agressão aos direitos humanos acolá, no entanto deixamos de analisar, e nem nos importamos, o que leva o homem a cometer barbáries, sendo este tido como racional e o centro de tudo quanto há neste vasto mundo. Preocupamos somente em julgar as pessoas obedecendo nossos próprios princípios, um erro, já que convivemos, em amplitude mundial, com diversas culturas e crenças. Então, não há como julgar ações alheias se não temos competência para conhecer suas culturas e muitos menos para convencê-los de nossa razão.
Por outro lado, é certo afirmar que os direitos humanos estão vinculados a qualquer que seja a cultura, pois este é da natureza humana, assim qualquer ação que vise agredi-los estaria em conflito com a própria cultura do agressor. O problema maior é que, na maioria das vezes os agressores aos direitos humanos violam as leis de sua própria cultura social, não obedecendo as autoridades estabelecidas, pondo-se acima delas e agem como querem, burlando as leis cujas eles mesmos criaram e prometeram obedecê-las.
O homem deve sujeitar-se as leis criadas pelas autoridades superiores para que se organize a sociedade e o povo consiga dar seguimento à ordem mundial, pois, do contrário, também estaria destruindo o que é seu. Esta talvez seja uma maneira de interpretar um dos trechos da Epístola de Paulo aos Romanos que diz “Todo homem esteja sujeito ás autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas”. (Romanos 13. 1)
“De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação”. (Romanos 13. 2)

Acontece que, geralmente, os agressores aos direitos do homem justificam seus atos por meio de argumentos sem lógica que não convencem os espectadores das atrocidades praticadas por esses infratores da natureza humana. Muitos acham que o seu governo é superior e tentam implantá-lo em outros lugares, desrespeitando a cultura de outros povos e comprometendo seriamente a paz mundial.
Segundo Rousseau o homem “natural” tinha em seu íntimo a consciência do certo e do errado, agindo com justiça e serenidade, portanto perdeu seu estado de natureza e corrompeu-se quando passou a tomar para si algo como propriedade. Isso realmente faz sentido, pois o homem, principalmente os líderes, não atende as necessidades sociais se esta ação prejudicar seus interesses particulares e, na defesa de seus próprios interesses, não se importa com os direitos dos outros, transgredindo todos os bons costumes e principalmente os direitos humanos.
O que podemos fazer para tentarmos minimizar esses absurdos é nos informarmos melhor sobre os representantes que escolhemos para o governo, cobrar deles o cumprimento de suas promessas e, acima de tudo, vigiar e contestar as ações que vão contra os princípios morais e atentem contra a natureza humana.
Autor: Lazaro Jose da Silva Oliveira


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