Paz por meio do diálogo



O terrorismo vem, desde muito tempo, sendo cada vez mais utilizado por homens que tentam convencer o mundo que suas ideias são as melhores a serem seguidas, não aceitando debatê-las e usando da força para intimidar os alvos de suas pretensões. Há muitos atentados que são justificados como meio de defesa ou como meio de exigir algum suposto direito do agressor. Sejam quais forem os motivos dos contínuos atentados terroristas, estamos vivendo em uma época onde o homem parece não ser mais comunicável, compreensivo e está se tornando como os animais que são movidos por suas necessidades biológicas. Neste sentido, a diferença e também o maior problema do homem comparado aos animais, é que o homem tem a capacidade de planejar, maltratando e agredindo intencionalmente os direitos alheios.
O homem movido por sua própria ganância não se mostra mais disposto a debater suas ideias, confrontando-as com outras que talvez não lhe pareça favorável. Sabemos que a comunicação é a maneira mais fácil e correta para alcançarmos um objetivo social. O entendimento do filósofo Thomas Hobbes afirma isto com exatidão e coerência ao relatar que “a mais nobre e útil de todas as invenções foi a da linguagem, que consiste em nomes ou apelações e em suas conexões, pelas quais os homens registram seus pensamentos, os recordam depois de passarem, e também os usam entre si para a utilidade e conversa recíprocas, sem o que não haveria entre os homens nem Estado, nem sociedade, nem contrato, nem paz, tal como não existem entre os leões, os ursos e os lobos”.
Um exemplo recente de arbitrariedade e falta de comunicação é a invasão dos Estados Unidos no Iraque. Os americanos não se importaram com a reprovação do Conselho de Segurança da ONU e seguiram em frente alegando estarem se prevenindo de uma ameaça catastrófica que, até então, não foi comprovada com fatos ou argumentos convincentes. O Iraque embora fosse governado por um ditador e seu povo talvez não estivesse satisfeito com as pretensões do governo, não poderia ser invadido, pois é necessário respeitarmos a soberania do governo de outros países e principalmente a autodeterminação dos povos.
O homem deveria refletir mais sobre como deve agir, ser mais tolerante, já que vivemos em uma época de avanços tecnológicos e, devido a isto, o mundo, cada vez mais, torna-se um lugar menor. Cada vez mais vamos nos deparar com culturas diferentes, meios alternativos de encarar as coisas e, acima de tudo, com ideais que não são compatíveis com os nossos, mas que podem ser passíveis de análise para que, pelo menos, possa se chegar a uma síntese sobre o assunto.
Precisamos nos manter mais dispostos ao diálogo, e devemos passar nossas ideias por intermédio de palavras sóbrias e compreensíveis, fazendo com que aqueles a quem tentamos convencer de nossa razão sintam-se seguros ao aceitar o debate, pois o homem que não aprender ouvindo com certeza não aprenderá com pancadas. Devemos buscar sempre a paz e dar preferência ao debate antes de acharmos que as ideias alheias servem somente para nos confrontar e ofender nossos princípios.
Devemos nos preocupar primeiramente em alcançar o bem comum para toda a sociedade e depois, se não atentar contra os princípios humanos e sociais, tentar atender as nossas próprias necessidades. É melhor vivermos aliviados abstendo-se de coisas das quais podemos seguir sem do que arriscar a nossa paz por prazer ou orgulho. Sábias são as palavras do filósofo grego Aristóteles que serenamente disse “O sábio procura a ausência de dor e não o prazer”.

Referencias Bibliográficas
• Folha online
• Declaração Universal dos Direitos Humanos
• www.artigos.com
Autor: Bruno Gonçalves Claudino


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