O mais lindo prazer
Denilson Costa Menezes
Sou como um potiche:
Raro... raso,
De porcelana, quebrado.
Sou como um cântaro:
Nobre... pobre,
De barro, degradado.
Sou como um canopo:
Antigo... sem amigo.
De pesadelos repetidos.
Sou como um canjirão:
Poderoso... frágil,
De vários plágios.
Sou como um ciato:
Adquirido... inutilizado
Por ter um vinho amargo.
Sou como um cacim:
Colorido... sem cor,
De fragrância sem odor.
Sou como um cabungo:
Vivo... enterrado,
Por alguém abortado.
Sou como uma campânula:
Melodioso... inaudível
Como espelhos partidos.
Sou o mais lindo prazer:
De ouro, de lama; brilhante, opaco;
Visionário sem rumo; comigo, sem você.
Autor: Denilson Costa Menezes
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