Guerrear é a melhor solução?



A interminável seqüência de ataques suicidas palestinos, seguidos de retaliações pesadas das forças armadas israelenses confere ao conflito dimensões que ultrapassam a disputa pelo território da antiga “terra prometida”. O número de vítimas inocentes e as perdas causadas pela ocupação recorrente das cidades palestinas acirram ainda mais os ânimos belicosos que fortalecem os grupos extremistas dos dois lados e, assim, afastam cada vez mais as perspectivas de um acordo justo e negociado.

Pelos meandros tortuosos da mente e do comportamento dos principais atores envolvidos no conflito, a situação se deteriorou a tal ponto que está para exigir um esforço concertado da comunidade internacional no sentido de colocar um paradeiro à matança e obrigar os dois lados a sentar, novamente, à mesa de negociações para dialogar até a superação dos impasses atuais.

Além do confronto entre Israel e Palestina, outros conflitos marcaram a história da região ou ainda estão em curso. O principal e maior deles diz respeito à posição do Islã na região.

Os fundamentalistas islâmicos não se delimitam a um país. O objetivo dos muçulmanos é transformar Estados do Oriente Médio em teocracias e colocar a doutrina do Islã como norteadora da ordem. Na teocracia, a constituição ou governo de um país encara Deus como o único soberano, assim, nesse regime o controle político está nas mãos dos líderes religiosos correspondentes, ocorrendo a fusão entre Igreja e Estado.

Interpretando rigidamente a sharia (o código de leis muçulmano), os fundamentalistas querem a observação total das tradições religiosas no cotidiano político, econômico e social, a fim de formar um Estado islâmico ‘puro’.

Num contexto de miséria e recessão econômica, os marginalizados constituem a base social de apoio a esses movimentos, que usam de ações clandestinas e violentas, sendo os atentados terroristas os mais consagrados. Mais uma vez, a religião aparece na essência das brigas regionais.

Podemos ver com todos estes testemunhos representando correntes e movimentos teológicos e políticos, nas várias religiões, que a busca da paz, da compaixão, do perdão e da solidariedade forma uma sólida e antiga tradição espiritual e ética. Entre muitas dessas religiões tem havido um diálogo consistente, aberto também a correntes humanistas inclusive agnósticas ou atéias, para superar preconceitos atávicos, ignorâncias mútuas e estabelecer plataformas de cooperação e respeito, para o bem da humanidade.

Estes conflitos é a melhor solução para a busca de uma sociedade melhor,da ética, da paz...?
Autor: Rodrigo Dias Silva


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