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SADDAM FEZ O IRAQUE ENFRENTAR GRANDES CONFLITOS INTERNACIONAIS
Nos anos 80 o país enfrentou o Irã por território de fronteira. Duas guerras no Golfo culminaram com a queda de Saddam.
O primeiro dos grandes conflitos internacionais em que o Iraque se envolveu sob o comando de Saddam Hussein, que governou o país com mão-de-ferro entre 1979 e 2003, foi a guerra contra o Irã, que aconteceu entre 1980 e 1988 e deixou cerca de 1,5 milhão de mortos.
O conflito teve início oficialmente no dia 22 de setembro, quando o Iraque invadiu o território ocidental do Irã, acusando o país de atacar cidades iraquianas desde o dia 4 daquele mês. Saddam Hussein alegou que o conflito se deu pela disputa territorial por Shatt al Arab, rio na fronteira entre os dois países. O ditador iraquiano quis se aproveitar do caos que se seguiu à revolução iraniana de 1979 para se impôr na disputa territorial sobre um território rico em petróleo, parte do Irã em um acordo assinado em 1975.
Do início do conflito até 1982 o Iraque conseguiu se impôr militarmente, mas começou a perder espaço e a enfrentar uma dura reação nas cidades invadidas e acabou propondo uma negociação de paz.
A partir de então, o Irã não aceitou negociar e o conflito entrou numa fase mais violenta, envolvendo mesmo o uso de armas químicas. O líder do país invadido, o aiatolá Khomeini afirmou que continuaria em guerra até que o regime de Saddam fosse derrubado. Em 1985, as capitais dos dois países passaram a ser atingidas pelo conflito e em 1987 os Estados Unidos e países da Europa passarama se envolver na guerra.
Durante o conflito, o Irã teve amplo apoio de países como Síria e Líbia, e recebeu armamentos da Coréia do Norte, China e negociou até com os Estados Unidos. Já o Iraque foi apoiado pela maior parte dos países do Ocidente, pelos árabes e pela Uniãop Soviética, principal provedor de armas do país durante o conflito.
Pressionados pelas Nações Unidas, os dois países fizeram um acordo para cessar-fogo em julho 1988, mas a paz entre os dois países só foi de fato concluída quando o Iraque iniciou outro conflito, invadindo seu vizinho ao Sul, o Kuwait, em 1990, e voltando a aceitar os termos do acordo de 1975.
Guerra do Golfo
A invasão do Kuwait, por interesse nas reservas de petróleo do país, levou o Iraque ao segundo garnde conflito, a primeira Guerra do Golfo travada nos primeiros meses de 1991 entre o país liderado por Saddam Hussein e uma coalizão de 32 países liderados pelos Estados Unidos.
O Conselho de Segurança da ONU exigiu a retirada iraquiana o vizinho que recebeu proteção de tropas ocidentais. Sem que houvesse a retirada, em 18 de janeiro de 1991 teve início a chamada operação Tempestade no Deserto, um ataque massivo que destruiu as forças militares e a infra-estrutura civil do Iraque. Ao final de fevereiro a coalizão havia libertado o Iraque e o então presidente norte-americano George Bush declarou um cessar-fogo vitorioso em 28 de fevereiro e Saddam anuncia rendição.
Apesar de ter derrotado o Iraque, a coalizão vencedora permitiu que Saddam continuasse no poder de um Iraque destroçado. O período serviu para que o ditador voltasse a atenção à supressão dos xiitas e curdos do país. O Iraque passou a se negar a aceitar inspeções da ONU sobre seus armamentos, e voltou entrar em rápidos conflitos com tropas ocidentais no Golfo, sendo bombardeado novamente, de forma esporádica, desde 1993 até 2003.
Guerra do Iraque
Este clima belicoso e o embargo Ocidental permaneceu até a segunda guerra do Golfo, a Guerra do Iraque, quando o território do país foi, de fato, invadido por uma nova coalizão liderada pelos Estados Unidos e pela Inglaterra entre março e abril de 2003, alegando a suspeita da produção de armas de destruição em massa pela ditadura de Saddam.
Desde 2001, o então secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, começou a falar sobre uma possível ação militar no Iraque, dentro da política de prevenção ao terrorismo e de defesa da segurança nacional. em outubro de 2002, o Congresso norte-americano aprovou o uso de força militar contra o Iraque. A inspeção da ONU não encontrou sinais de armas de destruição em massa no Iraque, mas alegou que o país não cooperou totalmente com a inspeção.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, filho do homem que liderou a primeira guerra do Golfo, deu um ultimato para que o Iraque permitisse a inspeção total de suas armas e dia 19 de março de 2003 a coalizão iniciou o ataque ao país.
Em meados de abril, o exército e o governo iraquiano entraram em colapso e Saddam desapareceu. Em 1º de maio, Bush declarou vitória no conflito, mas nunca foram encontradas armas de destruição em massa no país. Saddam foi capturado em dezembro de 2003.
Autor: Tatiane


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