A ÉTICA NO MEIO EM QUE SE VIVE: O “SUJISMUNDO”



Atualmente têm estado muito em voga as questões relacionadas ao meio ambiente. Talvez porque o ser humano finalmente perceba que o planeta está a beira de um verdadeiro colapso, em virtude da política de uso desenfreado dos bens naturais disponíveis.
Esta política foi muito difundida no planeta, principalmente pelos EUA, a grande potência mundial, para quem, importa mais a produção e a difusão capitalista do que a permanência com vida no planeta a longo prazo. Valores invertidos predominam.
Aristóteles apud Antonio Silveira Ribeiro dos Santos, dizia: "Há um limite para o tamanho das nações, assim como há um limite para outras coisas, plantas, animais, instrumentos; pois nenhuma delas retém seu poder natural quando é muito grande, ou muito pequena; ao contrario, ou perde inteiramente sua natureza, ou se deteriora". (in Homem-natureza: a nova relação ética, podendo ser encontrado em http://www.aultimaarcadenoe.com/artigos51.htm).
É cediço que a educação para a vida em sociedade não visa a previsão das conseqüências naturais advindas das ações humanas.
Uma criança que, desde o berço foi ensinada a não jogar sequer o papel de bala ou resto do lápis apontado fora do lixo, tem grandes chances de compreender ao que remonta esta que voz fala. Para um adulto mal educado, porém, não faz sentido essa reflexão.
O mínimo hoje é máximo. Cada pequena atitude contribui (ou desanda) a vida no planeta Terra. Lixo é lixo, aqui ou na China. Dirão os egoístas: mas é só um papelzinho de nada...
Respondo: e se todos jogarem um papelzinho de nada na rua. A conseqüência, qualquer paulistano sabe responder na época da chuva. E ainda assim não se endireitam. Cansei de ver pessoas se desfazendo de qualquer coisa para a rua. Não é o local. Se outros jogam, eu não posso. A consciência pesa. Aprendi desde cedo que o caminho do futuro deve começar hoje.
É esse caminho que trilha a ética ambiental: “é o estudo da conduta comportamental do ser humano em relação à natureza, decorrente da conscientização ambiental e conseqüente compromisso personalíssimo preservacionista, tendo como objetivo a conservação da vida global.” (in Homem-natureza: a nova relação ética, podendo ser encontrado em http://www.aultimaarcadenoe.com/artigos51.htm).
Essa ética, pautada na relação pessoal de cada homem com a natureza, deve reger a vida de todos os ocupantes do planeta terra, dominando a consciência moral de cada ser humano.
Deve haver um compromisso de preservação da natureza, com ações que se tornem ecológicas, ainda que mitigando certos valores, mesmo os financeiros. Não se deve anuir com uma proposta que nos destruirá num futuro bem próximo.
Tudo o que prejudica a natureza, cedo ou tarde prejudicará também a vida humana. Sábios os nativos, que antes do homem superdotado de informações perceberam a necessidade de uma barreira ética de proteção do meio ambiente. Afinal, diz o provérbio indígena: “Só depois que a última árvore for derrubada, o último peixe for morto, o último rio envenenado, vocês vão perceber que dinheiro não se come."
Uma filosofia comportamental a ser observada, não somente hoje, mas para a vida toda.
Autor: Telúryca Lucrécya Floriano Gonçalves Pinheiro


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