ÉTICA DO QUANDO PIOR MELHOR.



Costumo a acompanhar a vida política de nosso país, leio jornais no qual busco informações que nortearam minhas opiniões e decisões sobre a política brasileira. Vejo o quanto é ruim para o desenvolvimento de uma cidade, de um Estado e do Brasil brigas que não levam a nada, mas quem acaba pagando a conta é a população.
Assim não poderia ser diferente na cidade em que moro, uma cidade que tem mais de 150 anos, porém seu desenvolvimento vem sendo retardado por brigas políticas que entra ano e sai ano ou entra prefeito e entra prefeito é a mesma coisa. Como se a administração municipal fosse extensão dos interesses particulares de uma minoria que usa e abusa de seu poder econômico para se beneficiar em detrimento do povo mais sofrido desta cidade.
Vou relatar dois episódios em que os abusos vêm sendo cometidos no município de Paranaíba o primeiro diz respeito a um grande empresário que investiu milhões de reais na cidade, mas como apoiou o candidato a prefeito que perdeu a sua eleição sua relação com a prefeitura ou com o “PREFEITO” não era das melhores. Mas mesmo assim continua com seus projetos na cidade, onde constrói uma rede empresas que geram muitos empregos diretos e indiretos, porém este empresário precisa que a prefeitura faça uma pavimentação asfáltica em rua paralela ao seu empreendimento, tal pedido é negado pela administração municipal, mas não satisfeita entra com ação judicial contra tal empresário que resolveu pavimentar tal rua com recursos próprios.
Passados quase dois anos de brigas e discussões entre tal empresário e o prefeito municipal, os dois em um gesto de grandeza para o bem da cidade, resolvem suas diferenças pessoais e que trabalharam pelo crescimento do município.
Ai eu pergunto não era o papel do prefeito que foi eleito para comandar os destinos do município por quatro anos, independente de quem o apoiou ou não? A reposta seria muito simples se não fosse o pensamento de que a administração pública é patrimônio privado de quem se elege, quem ali está deve ter em sua mente que não está ali para atender apenas quem te apoiou ou quem é seu partidário.
Deve-se levar que todos são iguais perante a lei e não ao pé da letra o ditado que “aos amigos do rei as beneficies da lei aos inimigos do rei o rigor da lei”, pois isto só faz é atrasar o desenvolvimento e o progresso de uma cidade.
No outro caso acontece com a Câmara de Vereadores e o Ministério Público deste mesmo município, onde se discuti a construção de uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento de saúde pública. O pano de fundo é o local onde a prefeitura escolheu para tal construção uma antiga quadra de esporte abandona a vários anos pelos poderes constituídos, ou seja, Executivo, Legislativo e o Ministério Público.
Acontece que no final do ano passado uma nobre vereadora em um gesto de grandeza ou de burrice resolve tombar tal quadra como patrimônio histórico da cidade. Levando em conta apenas a data de sua construção, deixando de lado os aspectos físicos e o grau de utilidade por parte dos munícipes.
Depois de um longo debate na cidade a mesma vereadora entra com um outro projeto destombando tal quadra, para que se pudesse construir ali a UPA, mas três dos nove vereadores que votaram contra, procura o Ministério Público para que pudesse embargar a demolição da quadra e começar a construção da unidade de saúde naquele local.
Agora você deve estar me perguntando o porquê que estes vereadores fizeram isto, apenas por estarem na oposição, já que na minha humilde opinião um projeto de tal envergadura traria benefícios em ralação ao atendimento de saúde pública. Só o que está em jogo não é a qualidade do serviço público prestado e como melhoraria a vida dos cidadãos, mas uma forma de não deixar com que o prefeito pudesse se beneficiar com apoio popular com tal construção.
Então na vida seja ela política ou social temos e teremos sempre aqueles que se utilizam de mecanismos para provocar o “QUANTO PIOR MELHOR” simplesmente para não aceitar que o que é bom de uma administração e de fato discordar daquilo que realmente não funciona em administração pública.
Autor: Ilmar Renato Granja Fonseca


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