Amores perfeitos



Quando duas pessoas descobrem que se amam querem compartilhar uma vida, uma vida onde decidem que querem ficar juntas, talvez não pelo resto de suas vidas mais até o momento em que o amor permanecer.
No entanto apesar de dividirem suas vidas, um casal deve ser a soma de duas pessoas. Um companheiro(a) deve somar às nossas vidas, deve nos dar mais alegria, mais prazer, mais diversão do que quando estávamos sozinhos. O verdadeiro amor é aquele que soma, que nos completa, não aquele que nos separa das coisas que desejamos, mas que nos encoraja à conquistar nossa felicidade.
Como você tem tratado seu(sua) namorado(a)? Ou esposo(a)? Como tem sido a vida a dois de vocês? Você está somando ou subtraindo? A convivência com essa outra pessoa tem sido especial ou rotineira? O que fazer para que o relacionamento não caia na rotina, não se torne cobrança e enfim, o que fazer para que o amor aos poucos não se vá?
Dizem que a paixão é passageira, já o amor é duradouro. Pode ser, mais quem vai escolher o ritmo do tempo é nosso coração, o amor pode ser mais duradouro que a paixão, mas se não cultivado ele também diminui e desaparece.
Amar não é cobrar, exigir e esperar do outro. Amar é se doar, se dispor, se oferecer para ajudar o outro a ser feliz, e digo ajudar, pois não é nos que fazemos os outros felizes, nós apenas contribuímos para sua felicidade. Quando contribuímos para a pessoa do nosso lado ser mais feliz, nos sentimos feliz. Quando contribuímos para lhe fazer companhia, recebemos sua companhia. Quando contribuímos para que seu amor por nós seja cultivados, recebemos seu amor.
No entanto, em muitos casos o amor não é doado, ele é trocado. Amamos aquele que faz o que queremos, que realiza nossas vontades, muda quando pedimos, deixa de fazer algo para não nos desagradar. Mas se amor é um sentimento tão libertador, será que amar é prender?
É fácil amar aquele que nos agrada o tempo todo, que supre nossas necessidades, nos faz rir a todo tempo e é uma ótima companhia. Mas será fácil amar uma pessoa que além de suas qualidades também nos mostra constantemente seus defeitos? Não é fácil lidar com os defeitos alheios, mas devemos medir, esses defeitos estão interferindo até que ponto no seu relacionamento ou em você como pessoa?
Às vezes o defeito da outra pessoa interfere significantemente na vida a dois, outras vezes não, mas ele não deixa de ser um defeito. E a tendência da maioria das pessoas é tentar mudar seus parceiros, é fazer com o outro mude para que a vida a dois seja melhor.
Claro que quando falamos de duas pessoas vivendo suas vidas juntas ambos tem que ceder, não é só esperar do outro, é também se doar. Mas até que ponto esperamos do outro? E até que ponto devemos ceder em um relacionamento? Acredito que até o ponto em que não precisamos ser outra pessoa para agradar nosso companheiro, onde as cobranças não se tornem sufocantes e até onde manter um bom relacionamento não se torne um grande esforço.
É bom ter alguém por perto, dar e receber amor, ter uma companhia. Mas antes de amar o outro, devemos amar a nós mesmos. Quando nos amamos, nos damos o valor merecido e a pessoa ao nosso redor também o faz, afinal quando nos amamos sabemos dar nossos limites e mostramos como devemos ser tratados.
Se não estamos contentes com nosso companheiro(a), devemos refletir então “o que me faz estar com ele(a)?”. Quando conseguimos entender o porquê estamos com tal pessoa, podemos perceber muitas coisas e entender nós mesmos. Afinal se estamos com alguém é que de alguma maneira este alguém está nos proporcionamos algo que buscamos conscientemente ou inconscientemente.
Se analisarmos, pode não existir os amores perfeitos, mas existem muitos casais que se completam e que mesmo depois de anos continuam se amando, o segredo? O segredo é amar com o coração, não com os ideais de um amor perfeito, a racionalização de um bom relacionamento, esquemas e teorias sobre o amor. É amar o outro com seus defeitos e qualidades, é ser amado(a) também com seus defeitos e qualidades, não precisando mudar seu modo de ser ou de agir radicalmente. É amar o outro como ele é, e principalmente ser amada(a) como você também é, é serem autênticos e espontâneos, não se encaixando em moldes de esposo(a) perfeita.
Enfim, o verdadeiro amor ocorre quando duas pessoas se amam como realmente são e não quando duas pessoas se tornam estranhas a si mesmas para receber o amor de outro. Antes de dizer ao seu namorado(a), esposo(a) que a ama, que tal fazer um pequeno exercício, se olhar no espelho e dizer “eu te amo” a sua própria imagem? Depois é só esperar o “eu te amo” do outro.
Autor: Claudia Goellner Signoretti


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