Comunicação e liderança: Felipe Massa entendeu a mensagem da Ferrari?



A atitude da Ferrari, Felipe Massa e Fernando Alonso no Grande Prêmio da Alemanha de Fórmula 1 neste domingo (25), está provocando grande polemica não só nos meios esportivos, mas também gerando discussão no mundo corporativo.

O “jogo de equipe” como diz a Ferrari, ou arranjo de resultado, proibido pela Federação Internacional de Automobilismo, nos leva a debater o assunto.

Enquanto Alonso e Vettel disputavam a ponta, Massa larga maravilhosamente e assume a liderança, posição que mantém por boa parte da corrida.

Alonso, que não conseguia ultrapassar Massa, reclama pelo rádio: “isso é ridículo”.

Em seguida, a mensagem do engenheiro de pista Rob Smedley transmitindo pausadamente, para não haver dúvidas: “Fernando está mais rápido que você”. E mais: “Você confirma que entendeu essa mensagem”?

Na volta seguinte, Massa nitidamente reduz a velocidade e se coloca em posição que facilita a ultrapassagem de Alonso, sem qualquer esforço ou disputa pela posição.

Se fosse ao contrário, o Massa em segundo e mais rápido? A mensagem para Alonso seria igual? Não creio.

Ao término da corrida Massa visivelmente desconfortável declara: “Acho que não preciso dizer nada”. Admitiu, no entanto que após excelente largada, "merecia ter ganho”.

Você no lugar de Massa teria tomado a mesma atitude?

A mensagem pausada parece muito clara, direta, específica. Massa entendeu que era para deixar o companheiro passar. Contudo, ela permite outra interpretação:

Então Massa poderia ter tomado outra decisão? Como?

No mundo corporativo a mensagem indicaria que existem pessoas no mercado com mais talento, com mais competência. Significa que se você não responder com resultados, seu cargo, sua função, seu emprego está em risco.

Perceba novamente a mensagem: “Fernando está mais rápido que você”. Ora, em meio a tanta competitividade, Massa, poderia interpretar assim: Preciso ser melhor do que ele, preciso me esforçar mais, preciso dar o máximo de mim e tirar o melhor do meu equipamento.

Se tivesse agido assim, ao final da corrida, poderia dizer de cabeça erguida - que procurou superar-se em todos os momentos, que aplicou toda sua energia e motivação na busca dos objetivos. Alguém poderia recriminá-lo? O resultado final comprovou: Vettel não ameaçou a dobradinha da Ferrari.

A comunicação nem sempre é tão clara como parece! Mas e a liderança como fica?

Há algum tempo, pensadores e estrategistas de negócios estão dizendo a estudantes e executivos que agir com integridade fará como que se tornem líderes mais eficazes.

Mesmo assim, um punhado de chefes está disposto a fazer qualquer coisa para ganhar dinheiro e poder. Seguem religiosamente a cartilha de que “os fins justificam os meios”. Foi esta a impressão que ficou do episódio de ontem.

Pessoalmente, ainda acredito que a maioria dos líderes quer se olhar no espelho e ter a certeza de que são éticos, justos e honestos: seres humanos realmente íntegros, que podem fazer a diferença para um mundo melhor.

E você o que pensa a respeito? Faça um comentário!
Autor: Euclides Pedro Colombo


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