O computador e a educação



Vivendo na “Era da Informática” não podemos negar que o computador ainda causa impacto a grande parte da população. Existindo a mais de quarenta anos, foi com a difusão dos microcomputadores que esta ferramenta foi tornando-se acessível. Especificamente na área educacional, o computador tem se transformado em mais um dos recursos didáticos do educador. Por que, então, não explorar este equipamento como ferramenta educacional?
Além de discutir, em princípio, as vantagens e os benefícios da introdução de microcomputadores na educação, é necessário indicar algumas das maneiras em que o microcomputador pode auxiliar o processo pedagógico (CHAVES, 1985, p.25).
Atualmente num mundo de tecnologia tão avançada, não há outro meio de expressar esta idéia que passaremos agora, a não ser com a seguinte frase: o computador vem invadindo as escolas! O computador, que nasceu como tecnologia bélica, e se popularizou como tecnologia industrial e comercial, é hoje eminentemente, tecnologia educacional e meio de comunicação. Tornou se este meio ao se infiltrar no ensino tradicional, provocando grande revolução nos sistemas de administração, visualização, marketing e conseqüentemente na educação.
Foram digitalizados os meios de comunicação impressos. Hoje livros, revistas e jornais estão disponíveis na Internet, podendo ter acesso a qualquer momento. Há cinco anos atrás, poucos sabiam o que era multimídia; hoje todos sabem que multimídia está ligada à educação, mesmo à distância, usando textos, gráficos, desenhos, sons, imagens, tudo isso num ambiente de interatividade.
Essa revolução certamente afetou a educação, pois as maneiras que aprendemos foram alteradas fora e dentro da escola. Atualmente, a maioria dos pais que adquirem um computador para os filhos, o faz, pois estão convictos de que este é a mais importante e completa tecnologia educacional. Além disso, sabem também que se tornou uma ferramenta necessária no campo profissional e que, caso seu filho não se atualize nesta área, será mais um profissional desqualificado para o trabalho.
Quanto aos computadores nas escolas, é provável que leve algum tempo para que estas assimilem no e o adaptem às rotinas de sala de aula. Como bem lembram Chaves e Setzer (1988, p.111), levaram séculos para que o livro se tornasse tão popular a ponto de toda escola ter sua biblioteca, mas o computador levará muito menos tempo, para atingir tal dimensão popular. Para eles, a presença da informática em salas de aula é muito importante, e se isso não ocorrer, o preço será a má formação de estudantes, tornando os fora da realidade e distantes do seu meio social. Enfatiza Zacharias (2005, p.81) que muito se tem escrito sobre a informática na escola, mas há pouco consenso entre os diversos autores e educadores sobre o valor do uso dessa tecnologia em relação aos ganhos que ele pode trazer aos nossos educandos.
Muitos ainda acreditam que a computação irá criar uma revolução na educação, outros discordam dizendo que as chances de mudar apenas por possuir computadores na escola, é quase nula. O que está em foco, e precisa ser entendido é a utilização que vai ser dada à máquina (ZACHARIAS, 2005, p.18).
Zacharias (2005) lembra bem que o marketing realizado em torno do ensino utilizando computadores tem criado expectativas que muitas vezes desvirtuam o projeto pedagógico, da escola, quando esta passa a querer atender a pais que desejam que os filhos sejam profissionalizados em computação, por meio da escola.
O que contrapõe a opinião de vários educadores, é que muitos, entendem que não adiantaria utilizar grande tempo das crianças para ensinar a usar o computador, especificamente a informática. Para estes educadores, a experiência mostra que qualquer pessoa inteligente e bem formada aprende a usar o computador com relativa facilidade. Aproveitando horas vagas, o sujeito passaria de completo ignorante a usuário experiente. Eles entendem que a informática precisa fazer parte da vida do indivíduo, mas não pode ser o objetivo dos educadores e que o computador, como o livro ou qualquer outro material didático que usamos, é apenas e tão somente: um meio, ou seja, embora este esteja sendo considerado um interessante meio de adquirir informações, não podemos considerá lo suficiente para a aquisição de conhecimento e sim como auxiliar o processo ensino aprendizagem.
Bem lembra Valente (1999, p.135) a utilização do computador na educação é importante não só dentro, da escola, mas também no auxílio das realizações de trabalhos extraclasse, como o uso da Internet, por exemplo. É o que podemos ver com a reportagem, a seguir: “Sem pedir licença, as novas tecnologias invadiram a escola”. (VENANCIO, 1998, p.3).
E isso está acontecendo não só na sala de aula. Ao preparar a lição de casa ou pesquisar sobre um determinado assunto, o educando pode utilizar os mais modernos recursos tecnológicos. O computador (e de carona, a Internet) é uma realidade. O impacto da revolução, da informação e da evolução da Internet no momento atual tem influenciado todos os aspectos da nossa vida. No início do século XXI, a escola já convive com a tecnologia, dentro e fora da sala de aula. E se não utilizar o computador durante as aulas, em casa, muitas vezes, o educando faz uso da máquina para desenvolver seus trabalhos. Nesse sentido, a escola deve acompanhar, na medida do possível, os avanços tecnológicos da sociedade (GÓES, 2001, p.3).
Na educação, os computadores estão provocando uma verdadeira revolução nos bancos escolares, incentivando os educadores a encontrar novas formas de ensinar velhas teorias. A escola informatizada pode ter uma ferramenta poderosíssima para que a inteligência do educando possa ser desenvolvida.


BIBLIOGRAFIA:

CHAVES, E. O. C. Artigo “O Computador na Educação”. Disponível em: , 1985. Acesso em: 16 set. 2005.

CHAVES, E. O. C. e SETZER, V. W. O uso de computadores em Escolas: Fundamentos e Criticas. São Paulo. Editora Scipione, 1988.

GÓES, L. P. Computador, a ferramenta do novo milênio, São Paulo. Diário Popular, Diário da Criança, 2001.

VALENTE, J.A. Por que o computador na Educação? In: Computadores e computadores na sociedade do conhecimento. Campinas. Gráfica Central da UNICAMP, 1999.

VENANCIO, M. Fantasma da Matemática. Jornal À Tarde- Caderno Dez, Salvador - BA, 01/10/1998. Disponível em: . Acesso em 15 Ago. 2006.

ZACHARIAS, V.L.C. Artigo “O uso do computador na escola”, 2005. Disponível em: >. Acesso em: 10 out. 2006.
Autor: Mario Angelo Tavares de Souza


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