Educar sem culpa II



No mês passado falamos sobre a necessidade de falar com as crianças usando uma linguagem descritiva, que revela não apenas aquilo que a criança faz, mas também o que os pais sentem. Esta técnica, a descrição, permite que as crianças evoluam, buscando soluções para seus problemas.
E quando se perde a paciência e se tem vontade de gritar e xingar? É natural que os pais percam a paciência em alguns momentos.
Quando chegamos em casa cansados(as) e queremos tranqüilidade, é muito fácil perder a paciência com as crianças. Frases como “Eu não agüento mais... Seus malcriados, parem de correr e gritar agora, antes que eu lhes deixe de castigo” que além de qualificar, atacar e ameaçar, provavelmente não funcionaram.
Mais uma vez a descrição pode auxiliar, mas agora não seria uma descrição do que se vê e sim do que se sente “ Filhos eu estou cansado(a), e chegar em casa e escutar vocês gritando me faz sentir irritado e zangado(a) com vocês”. Com isso as crianças não se sentirão menosprezadas ou culpadas e provavelmente atenderão ao pedido, já que a linguagem descritiva não agride a personalidade e permite a mudança.
Descrever os sentimentos sem insultar faz com que você não se sinta culpado por perder a cabeça e permite que as crianças entendam o que irritam os pais. Assim, cada vez mais, elas irão respeitar esses sentimentos.
E as ameaças, elas funcionam? Esta tentativa de fazer com que as crianças respeitem as regras normalmente não funciona, a ameaça gera raiva e revolta.
Uma boa técnica é ao invés de ameaçar dar opções às crianças. Por exemplo, quando uma criança quer brincar com tinta, as opções são dadas “Você pode usar tinta no chão da cozinha ou lá fora, você escolhe.”
Portanto ao invés de ameaçar “Se você sujar a casa de tinta vou te colocar de castigo e tomar as tintas de você” o que costuma gerar raiva e revolta fazendo com que a criança pegue as tintas e suje algo, a oferta de opções poderia ser usada, trazendo tranqüilidade à relação, além de incentivar a criança a fazer escolhas.
Até mesmo quando as crianças estão brigando entre elas por algum brinquedo ou videogame, pode-se ao invés de ameaçar, dizer “Eu acredito que vocês consigam achar uma solução justa para todos.”
Assim dá-se credibilidade às crianças, que são aceitas como seres humanos, capazes de entender sentimentos, de achar soluções para seus problemas e de fazer escolhas.
Se você tem alguma dúvida, estou a disposição.
Nadia Prando
Psicóloga - CRP 06/98164
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Autor: Nadia Prando


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