INJUSTIÇA?...
O texto do referido livro, em seus capítulos 28 e 29 trata das bênçãos decorrentes da obediência a Deus e as maldições decorrentes da desobediência, cabendo a escolha ao nosso, nem sempre prudente, livre arbítrio.
Ou seja, trata-se de uma lei espiritual, que precede a todas as leis da física quer se acredite ou não, pois o simples fato de não se ver, não significa que não exista.
A Justiça tardia não passa de uma injustiça que se protrai ao longo do tempo, não podendo ser imputada a um Deus infinito que tudo pode, mas sim à própria pessoa, que deu azo àquela consequência por meio da sua ignorância espiritual ao fazer, ou deixar de fazer alguma coisa contrária aos mandamentos divinos, esculpidos na Lei de Deus e não na vã filosofia do homem.
Realmente, não há o que perdoar, pois tudo e absolutamente tudo que gozamos ou sofremos é uma consequência dos nossos próprios atos, somente podendo ser imputada a nós mesmos. Isto é, somente dependemos de nós mesmos, com a nossa qualidade de vida refletindo a fé por nós apresentada, como se a vida material fosse um espelho da nossa vida espiritual.
Esta é a verdadeira lei da Ação e Reação e graças a Deus por isso, porque tudo é uma questão de escolha. Obedecer a Deus, ou viver do nosso próprio jeito, a exemplo do filho pródigo. Obedecer ou não obedecer, eis a questão!
Este pensamento permeia todo o texto bíblico, de Genesis a Apocalipse, constituindo-se na tônica do velho testamento, em que sempre que o povo de Israel afastava-se de Deus era humilhado e derrotado. A história continua a mesma, pois a Bíblia é um livro vivo, mais atualizado que o jornal de amanhã.
Assim sendo, não há o que se falar em injustiças, pois Deus é justo. Ele não será. Ele já É. Este entendimento me veio quando meditava sobre o sofrimento das pessoas em contraponto à bondade divina, chegando à conclusão de que sempre se pode mudar, como agente que somos de nosso próprio destino, uma vez que, o “querer” se constitui no esteio da nossa alma.
Jamais devemos procurar respostas para explicar a causa de nossos problemas onde quer que seja, a não ser dentro de nós mesmos, pois somos os únicos responsáveis e os exclusivos culpados.
Ao obedecermos a Deus permitimos sua generosidade em nossas vidas e ao desobedecermos a Ele abrimos brecha para a ação das forças espirituais do mal em nossa existência, colocando-nos fora do seu Reino, por força de nossa extrema ignorância e máxima culpa.
Autor: Marcelo Lyra de Almeida
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