Autor e Pastor Magno Paganelli fala sobre a literatura evangélica no Brasil



Autor e Pastor Magno Paganelli fala sobre a literatura evangélica no Brasil .


Fale um pouco sobre Magno Paganelli.
Bem, a sua curiosidade pode ser justificada, mas eu não gosto de falar de mim. Mas, dou dicas (rs). Sou disciplinado, sistemático até, gosto de rotina. Sou caseiro, gosto de estar perto da Roseli, minha esposa, e do meu filhote Magninho, que acabou de completar 5 anos. Leio muito e para descansar leio mais um pouco. Minha vida se resume em torno do livro, já que escrevo, leio, edito, publico e atuo como produtor editorial.

Fale sobre sua carreira com autor e numero de livros lançados.
Escrevi meu primeiro livro quando fazia 1 ano da minha conversão, em 1991. Eu tinha uns 25 anos. Aí a cada ano escrevo um ou dois livros. Já são uns 22 lançados e uns 30 escritos, os que assino e também os que escrevi como ghost writer.

O que faz o ghost writer?
O ghost é contratado para escrever um livro para alguém que tem uma mensagem ou tema, mas não sabe ou não consegue ou não quer escrever. Aí o ghost entra em cena, resolve o caso e o contratante "aparece" como autor. O nome dele é que sai na capa do livro. Já fiz muito trabalho para pastores nacionais e estrangeiros assim, mas hoje diminuí o ritmo para concentrar-me nos meus próprios e nos da editora.

Como você concilia a arte da escrita com a de pregador?
Eu prego pouco. Não porque não quero, talvez porque eu seja avesso a esse estado que a igreja criou dos "pregadores da moda". Com eu não prometo vida fácil a ninguém, mas digo o que a Bíblia diz sem procurar distorcer o seu sentido, minha agenda é tranqüila. Mas quando estou escrevendo eu sou disciplinado: paro meu trabalho as 18h e daí para a frente é em cima da pesquisa e composição do texto.

Seu novo livro Os Sinais da Volta de Cristo é também uma continuidade de um de seus livros mais importantes, o livro E então virá o fim obra vencedora do Premio ABEC .
Como é escrever sobre um tema tão complexo como o Apocalipse?
Na verdade o livro Os Sinais reúne dois capítulos do E Então Virá o Fim. Como o E Então é fruto de pesquisas científicas e elas mudam periodicamente, há um ano eu as atualizei e relancei no início de 2009. Aí um pastor pediu para eu falar só sobre os sinais na igreja dele e eu produzi o livro com aquele conteúdo e acabou caindo no gosto dos ouvintes por ser um texto mais direto.
Escrever sobre o Apocalipse é uma faca de dois gumes, de fato. Há questões delicada de interpretação ali, mas não creio que tenhamos de ter medo do Apocalipse, dizendo que é um livro selado, fechado, impossível de interpretá-lo. A primeira palavra do livro é “revelação”, ou seja, está aberto ao leitor. Por outro lado não podemos sair interpretando e associando os elementos do livro como bem entendermos. Há regras, critérios para lidar com escatologia, como com toda a Escritura.

O que você tem lido atualmente e quais autores contribuíram em seu trabalho como escritor?
Tenho lido obras sobre alguns temas distintos. Fora minha pesquisa do Mestrado, tenho feito pesquisa em eclesiologia, que toca em alguns temas de meus livros como Qual a sua função no Corpo de Cristo e É cristã a Igreja evangélica?, e o próprio O Livro dos Diáconos; e tenho lido também sobre o Islã, pois estou preparando uma palestra que pretendo ministrar nas igrejas sobre o assunto.
Alguns autores que chamam minha atenção são conhecidos: Eugene Peterson, Alister McGrath, Gene Getz, Paul Stevens, Antonio Vieira.

Que livro você indicaria aos nossos leitores?
Cada leitor tem preferência por um estilo. Eu escrevo de acordo com o modo como meu espírito me guia e isso tem me levado a temas variados. Recentemente produzi três obras que não têm ligação uma com a outra, mas marcou bem o tom do meu trabalho. São Demônios, É Cristã a Igreja Evangélica? e o Dízimo. São meus textos mais apurados, maduros, questionadores. Eu indicaria o É Cristã a Igreja Evangélica? Mas se não gosta de teologia/eclesiologia pode ler Os Sinais, que é um texto que liga a Bíblia à nossa realidade cotidiana ou mesmo o Estive Preso, mas não Estive Só, um romance baseado em um fato real, a prisão de um cristão em São Paulo em 1993.

De todos os livros que você escreveu, qual deles você destacaria como marcante na sua vida? Por que?
O E Então Virá o Fim certamente marcou muito por ter sido o primeiro e também o primeiro a receber um prêmio. Mais recentemente O Livro dos Diáconos, pois elaborei um seminário específico sobre o tema e tenho o ministrado em diversas igrejas, em vários estados e ainda virou curso no Seminário do Sul, no Rio de Janeiro.

Deixe uma mensagem aos nossos leitores.
Façam da leitura, especialmente a leitura diária da Bíblia, um hábito a ser perseguido. Insistam nisso e termos não apenas uma sociedade melhor, mas a igreja, a família e melhores pessoas, conscientes, cidadãs e bem informadas.

Visite o Blog De Magno Paganelli : http://www.neoprotestante.blogspot.com/

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Autor: Oxigenio Records


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