Historiografia?



Com desenvolvimento de novas tecnologias e um número cada vez maior de informações que produzimos, toda sociedade foi reestruturada para acompanhar esse crescimento de passos largos. A geração de conteúdo e a perspectivas de como o mesmo é difundido foi ampliada ferozmente à medida que a tecnologia de informação e entretenimento cresce conjuntamente, tais fenômenos se enquadram no que chamamos de transmídia.
Logo essa “ferramenta” foi percebida pelo mercado publicitário que a tomou pra si, como forma de expandir seus domínios e arrebatar cada vez mais consumidores, uma alternativa viável para modernizar a maneira de apresentar seus produtos perante esse novo mercado cada vez mais exigente e “metamórfico”. Um dos setores pioneiros a caminhar nesse no território transmidiático foi o mercado do entretenimento (principalmente o entretenimento de massas), que atualmente produz um universo de informações ligado aos seus produtos, mas algo de tamanha força poderá influenciar a maneira que a história é produzida?
A transmídia voltada para historiografia é um fator polêmico a ser discutido e analisado, a expansão da produção histórica por meio tecnológico variados sem dúvida tornaria popular o estudo, pesquisa e fatos históricos, porém coloca em xeque a qualidade e a seriedade de todo esse material ligado à história seria desenvolvido e apresentado.
Umas das principais preocupações a ser debatidas seriam como as fontes e os métodos de pesquisas vão ser desenvolvidos para que não fossem convertidos em historicismo. O fato de modernizar a produção historiográfica e até mesmo populariza-lo tem como objetivo trazer para o cotidiano informações que antes tinha como lugar comum somente os meios acadêmicos. Quem sabe a transmídia entre nesse debate como uma forma de repensarmos a modernização e a função do ofício do historiador nesse novo cenário social?
A transmídia como elemento de comunicação, inegavelmente se consolida dia após dia, cabe a nós usarmos esse avanço tecnológico ao nosso favor, mesmo que atualmente não temos a resposta dessa afirmação de como devemos usá-la. Porém podemos usar como experiência o surgimento da internet (um dos principais pilares da consolidação da comunicação de massa), que de tecnologia restrita a máquina de guerra tornou-se um universo vasto que a cada momento revoluciona e influência nossa ciência, nossa arte, enfim nossa sociedade de forma impactante e com uma força colossal.
E nessa realidade que o historiador deve evoluir sua metodologia e em suas maneiras de refletir o pensar em história, para que geração futura tenha um legado justo e de qualidade.



Bibliografia:

JENKINS, Keith. A História Repensada, São Paulo, Editora Contexto, 3ª Edição, 2005, pp. 53.

PEREIRA, Eliane. Mídia e Mercado. Meio e Mensagem, São Paulo, p. 3, 6 de outubro de 2008.
Autor: Willi Chrysostomo da Fonseca


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